O Governo disse hoje estar a trabalhar com os municípios das ilhas Brava e do Maio para fornecer alternativas de transporte marítimo, enquanto os barcos da concessionária CV Interilhas estão avariados e em reparação.
O presidente da Câmara Municipal do Maio, Rely Brito, denunciou esta segunda-feira, 16, o “abandono e isolamento” da ilha por parte do Governo e pediu um “apoio reforçado” aos operadores afectados pelos problemas no setor dos transportes.
Dezenas de bravenses saíram às ruas da cidade de Nova Sintra, esta segunda-feria, 16, em manifestação para chamar a atenção do Governo para a situação deficitária do transporte marítimo de e para a ilha.
Empresários da ilha do Maio estão a ponderar organizar uma manifestação no dia 28 de Junho para exigir mais previsibilidade e regularidade nos transportes, apontando os prejuízos provocados pelos sucessivos cancelamentos de voos e pela incerteza no transporte marítimo.
O ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, anunciou no Parlamento que os navios Kriola e Praia d´Aguada entram brevemente em operação para ultrapassar as actuais deficiências no transporte.
O Governo contava envolver o navio Guardião, da frota militar, no exercício Obangame Express, acolhido a partir de hoje por Cabo Verde, mas o mesmo continua em reparações em doca seca nos estaleiros da Cabnave, em São Vicente.
A CV Interilhas cancelou as viagens marítimas para as ilhas Maio, Fogo e Brava, devido ao acidente que tirou de circulação o navio Liberdadi, e, neste momento, não há barco disponível para ligar as ilhas do Sotavento.