Dona de uma voz doce e melodiosa, ela canta o amor, a saudade, a nostalgia, o mar, a emigração, a partida e o regresso, o dia a dia do cabo-verdiano. Ela canta a Morna. Ela canta a Coladeira. Cantora e intérprete, natural do Mindelo, ela faz questão de manter as conexões com as raízes e tradições cabo-verdianas. Seu nome é Cremilda Medina, um retrato perfeito de uma geração que busca preservar as tradições e lança as bases para um futuro mais próspero e equilibrado no meio musical cabo-verdiano. Nesta entrevista ao Santiago Magazine, Cremilda fala da sua “íntima” relação...
Cabo Verde, estes dez grãozinhos de terra, perdidas no meio do Atlântico, como cantaram os trovadores, baila no vento leste, fustigado pela seca, porém abençoado com uma rica cultura, resultado de um encontro de povos e civilizações e que originou uma nação crioula das mais belas.
As recentes posições da deputada e secretária de mesa da assembleia Nacional, Mircéa Delgado, sobre a Justiça em Cabo Verde e seus protagonistas não deixaram ninguém indiferente. Desde juizes do STJ a magistrados do Ministério Público, activistas, actores políticos, colegas da bancada e adversários, e até o ex-primeiro-ministro e potencial candidato à Presidência da República, José Maria Neves, todos parecem ter acordado de uma certa letargia com o 'beliscão político' dado pela jovem deputada ao sistema judicial cabo-verdiano.
O violinista franco-polaco Martin Rose, amigo da falecida cantora cabo-verdiana Cesária Évora, lançou no mercado o seu primeiro álbum a solo, “Inspiração de nha Sina”, CD que homenageia a morna e a sua amiga Cize.
Natural de São Salvador do Mundo, Picos, os seus pais são originários de dois pontos extremos da ilha de Santiago. A mãe é também de Picos e o pai de Praia Baixo, facto que, além de estender os seus laços familiares, marcaram sua infância dividida entre Picos, nomeadamente Fundura, Boca Larga e Burbur, Praia Baixo e ainda Renque Purga, onde os seus pais, depois de casados, fixaram definitivamente a residência.
O teatro cabo-verdiano é tão antigo quanto ao achamento do próprio arquipélago pelos navegadores portugueses, Diogo Gomes e António da Noli, entre 1460 e 1462, embora não tendo sido permitido, legalmente, o seu aviamento tradicional ou verdadeiramente autóctone, até 1975. Pois, tudo o que antes era permitido e que pudesse ser considerado tradição terra a terra, era à lupa joeirado pela administração, que receava insurreição por parte dos escravos, e pela Igreja que não considerava muito católica as tradições africanas, apodando-as mesmo de profanas e pagãs. Não se podia...