O PR e o PM andam dessintonizados e não é novidade. Mas o factor Zelensky levou a crispação entre o Palácio do Plateau e o Palácio da Várzea a um outro patamar: deslealdade institucional e malabarismos retóricos. Tanto José Maria Neves quanto Ulisses Correia e Silva buscam protagonismo político e aplausos do Ocidente. E Zelensky dá audiência, condimento perfeito para o caldo fermentar e logo azedar com a postura de Cabo Verde em relação ao conflito Gaza, onde acontece um um espectáculo horrendo, sob inadmissível, mas explicável, indiferença do Governo.
O Presidente da República, José Maria Neves, considerou esta quarta-feira, na Praia, que o desempenho da administração pública e do Estado está a ser prejudicado por uma “excessiva partidarização”.
Os três defenderam esta posição, na noite desta quarta-feira, 8, quando solicitados pela plateia, durante o “Presid Talk- Inovação Política em Cabo Verde” para comentar sobre o chumbo do projecto de resolução do centenário Amílcar Cabral, no Parlamento, tendo atribuído tal reprovação ao “excesso de partidarização” no País.
A Cidade da Praia acolhe a partir de segunda-feira, 06, o primeiro festival de inovação designado de “Cheetat Generation” para dar ênfase ao empreendedorismo e mostrar o dinamismo do sector da inovação em Cabo Verde.
Amílcar Cabral liderou um movimento que levou Cabo Verde e a Guiné à independência. Durante a luta colonial foi sempre respeitado pela diplomacia internacional, pela sua visão humanista e patriótica. O legado de Amílcar Cabral é enormíssimo, principalmente como pedagogo e defensor dos direitos das Mulheres e crianças.
O Governo, através de despacho do gabinete do Primeiro-Ministro desta sexta-feira, 1, deu por finda a comissão de serviço de Imadueno Tavares enquanto director e presidente do Conselho de Administração do Hospital Agostinho Neto, na Praia, e nomeou para o seu lugar Gabriel Gonçalves, que passa a liderar a maior unidade hospitalar do país a partir de domingo, 3. Há mais mudanças.
Os partidos controlam os candidatos que lançam para as disputas contando que dispõem de um “curral eleitoral” que lhes garantem as suas eleições mas quando os eleitores passam a ser cada vez mais “independentes”, os cálculos dos partidos políticos começam a dar errado, justamente, por que não têm o controlo do voto dos eleitores “independentes” que são a maioria do eleitorado e, mais ainda, estão em franco crescimento.