A despropositada ocupação da orla marítima e a injustiça no acesso ao terreno na cidade da Praia
Afinal a Embaixada de Portugal em Cabo Verde manifestou interesse na compra do terreno que a Câmara Municipal da Praia (CMP) vendeu ao ex-embaixador da União Europeia (UE) em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, há 39 anos. “Desde 1978 a Embaixada de Portugal manifestou o seu interesse na compra deste terreno”, regista a Embaixada na sua página oficial do facebook.
E querem conhecer os critérios utilizados pela Câmara Municipal da Praia (CMP) na atriibuição de lotes, sobretudo os situados perto do mar, onde o parecer da Agência Maritima Portuária é necessário. No entanto, o caos urbano continua na capital do país, onde as construções clandestinas e a proliferação de bairros degradados é o maior cartão de visita da cidade.
A semana produziu dois episódios que, esmiuçados, deveriam fazer qualquer cabo-verdiano ficar preocupado. Por denotarem um mesmo padrão e serem ambos igualmente graves, vamos pela ordem cronológica dos acontecimentos.
São 960 metros quadrados de terreno na zona de Prainha, o bairro mais nobre da capital do país. José Manuel Pinto Teixeira terá pago perto de 6 milhões de escudos, ao preço de 6 mil escudos o metro quadrado, mais as taxas.
Óscar Santos, presidente da Câmara Municipal da Praia e embaixador da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira envoltos numa grande encrenca.