A Loftleidir Cabo Verde, de investidores islandeses, anunciou hoje que pretende reverter a renacionalização da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), feita este mês pelo Governo, e ser "ressarcida pelos prejuízos causados" por aquela decisão
A reestruturação da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) prevê a saída de 207 dos cerca de 300 trabalhadores, conforme um acordo de financiamento de quase 8,5 milhões de euros entre o Governo e o Banco Mundial.
O Sindicato da Indústria, Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITHUR) considerou hoje de “excessiva e exagerada” a previsão de saída de 207 trabalhadores da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), mas promete diálogo para preservar o máximo de postos de trabalho possível.
O Estado de Cabo Verde assumiu hoje a posição de 51% da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) detida desde 2019 por investidores islandeses, alegando vários incumprimentos na gestão e dissolvendo de imediato os corpos sociais.
A TACV poderá encontrar algumas dificuldades para voltar a efectuar voos internacionais no imediato devido a eventuais sanções por causa da retenção pelo Governo do Boeing 757 fretado à Icelandair, perspectiva o site especializado em aviação civil, aeroin.net. Em causa a violação da Convenção da Cidade do Cabo sobre Garantias Internacionais Incidentes sobre Equipamentos Móveis que obriga a devolução de bens móveis, como aviões, mesmo em situações de Recuperação Judicial ou nacionalização.
O Governo de Cabo Verde terá dado entrada esta quinta-feira,24, com um processo no Tribunal da Praia, para arrestar o único Boeing ainda afecto à TACV/CVA, noticia o jornal A Nação.
O Governo vai abrir um processo para reverter a favor do Estado os 51%da Loftleidr Icelandic na Cabo Verde Airlines. O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, foi ontem ao Jornal de domingo na TCV, deixar claro que não está contente com o parceiro estratégico islandês e pretende avançar com o divórcio.