A defesa de Alex Saab, considerado testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, disse hoje acreditar numa decisão do Tribunal Constitucional ao recurso sobre a extradição ainda este mês, mas equaciona outras opções legais.
O caso de Alex Saab levanta precedentes perigosos em termos de abuso judicial extraterritorial, violação do estatuto diplomático, e mesmo o uso de tortura para extrair falsas confissões. Isto segundo John Philpot, advogado internacional de direitos humanos com sede em Montreal. Ele falou a 19 de maio num webinar apoiado pelo Alliance for Global Justice e outros grupos sobre este exemplo do longo alcance do império dos EUA que impõe as suas sanções mortíferas a cerca de um terço da humanidade.
Um cidadão russo foi detido em São Vicente, após um mandado da Interpol, e aguarda para ser extraditado, tornando-se no quinto pedido que Cabo Verde recebe em menos de um ano, informou hoje o Ministério Público.
Cabo Verde vai concentrar numa única base de dados automatizada a informação policial, decisões dos tribunais criminais ou processos administrativos, através da criação, com o apoio da Interpol, do Centro de Coleta e de Registo de Dados Policiais (CCRDP).
O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, coordenador internacional da defesa do diplomata Alex Saab, preso em Cabo Verde, assegurou que é “falso” que o Governo venezuelano tenha gastado 170 milhões de dólares a defendê-lo, como avançou a oposição daquele país.
A defesa de Alex Saab, considerado testa-de-ferro do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu à CEDEAO sanções contra autoridades cabo-verdianas, incluindo o Presidente e o primeiro-ministro, por incumprimento da decisão do tribunal regional, de parar a extradição.
A oposição venezuelana denunciou que o Governo gastou 170 milhões de dólares (143 milhões de euros) na defesa do empresário Alex Saab, considerado testa-de-ferro do Presidente Nicolás Maduro, preso em Cabo Verde, e que os EUA solicitam extradição.