É constatação generalizada por parte dos santiaguenses, o contínuo enfraquecimento, omissão e/ou desaparecimento de atividades económicas, culturais, sociais, de produção de conhecimentos, qualidade ambiental e de ordenamento do território o que tem conduzido à elevada taxa de desemprego dos concelhos da ilha em relação aos outros e á redução de qualidade de vida dos residentes na Praia, Santiago.
O ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, considerou esta quarta-feira, 4 de dezembro, que algum “mediatismo” e “exploração política” estão a aumentar o sentimento de insegurança da população além do pico de ocorrências nas últimas semanas na Praia.
Cabo Verde-Santiago está em apuros com a atuação precoce e desleal da corporação policial. Muitas vozes já consideram essa ilha como ilha Narco. Outros até vão mais longe, incriminando, publicamente, os governantes, seus condiscípulos e policiais, sugerindo que esses também estão envolvidos na proteção dos traficantes. Uma situação gravíssima para o resto do país que já começa a sentir esse efeito negativo. Chegou-se ao ponto em que ninguém se sente seguro na sua própria casa e as casas parecem prisões autênticas com grades por todos os lados e a maioria não aventura...
"A segurança entendida como ordem pública e esforço comum na proteção física e da liberdade e propriedade da comunidade e de cada um dos seus membros foi, historicamente, a razão determinante da organização dos agregados humanos em Estado. O Estado não pode, pois, demitir-se dessa sua obrigação essencial de garantir segurança física e liberdade aos cidadãos residentes e às demais entidades instaladas no seu território".
Os agentes prisionais iniciaram hoje uma greve nacional de 72 horas, fazendo com que a Cadeia Central da Praia, o maior estabelecimento prisional, esteja a ser vigiada por “sete dos 89 agentes no cumprimento dos serviços mínimos”.
O PAICV afirmou hoje, em declaração política, que a questão da insegurança no país chegou a um nível “inadmissível”, defendendo a “sadia comunhão institucional “ e união de esforços para a construção de entendimentos necessários no combate a este fenómeno.
O PAICV considerou esta terça-feira, 12 de novembro, que o conjunto de acções de prevenção e combate à criminalidade anunciado segunda-feira pelo chefe do executivo é sinal de reconhecimento por parte do Governo que a situação de insegurança no país “é grave”.