(POEMA DE ERASMO CABRAL DE ALMADA)
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” Romanos 13:1
A quarentena obrigatória obrigou muita gente a ir para o desemprego, sobretudo aquelas pessoas que tiravam diariamente, “um dia de trabalho”.
Muita gente pretendeu, nestes 11 dias decorridos sobre o início do estado de emergência, transformar essa excepcionalidade democrática numa questão política e de luta partidária. Mas não é! Trata-se, antes de mais, de uma decisão de ordem jurídico-constitucional motivada, exclusivamente, por um imperativo de saúde pública. Logo, as análises que devia suscitar, as inquietações que provoca e os balanços que necessariamente merecerá, terão que ser de âmbito epidemiológico, em primeiro lugar, e só a seguir de carácter social e económico, e nunca, repito, nunca, de...
1. Desde a primeira hora, ganhou evidência um cuidado fundamental que se deveria ter com a declaração do Estado de Emergência: a garantia de comida – sim, comida – para uma camada de caboverdeanos que teriam de ficar em casa e, assim, deixariam de puder sair à rua todos os dias à procura da janta de cada dia. Enganam-se aqueles que pensam somente nas “rabidantes”, pior ainda é considerar como foco de intervenção apenas as “rabidantes” de papel passado. Há as senhoras que vão lavar roupa e passar a ferro, os donos de tabuleiros na berma da estrada, as vendedeiras de...
Natural de São Salvador do Mundo, Picos, os seus pais são originários de dois pontos extremos da ilha de Santiago. A mãe é também de Picos e o pai de Praia Baixo, facto que, além de estender os seus laços familiares, marcaram sua infância dividida entre Picos, nomeadamente Fundura, Boca Larga e Burbur, Praia Baixo e ainda Renque Purga, onde os seus pais, depois de casados, fixaram definitivamente a residência.
O Platô transformou-se nestes últimos tempos num centro público de lavagem de dinheiro e branqueamento de capital. Tudo ao gosto do freguês. Consta que até armas de fogo e munições circulam tranquilamente entre os “feirantes”. Ou melhor, entre quem vende e quem compra. Tudo isto acontece à luz do dia e é do conhecimento de cidadãos e instituições.