Este texto é a versão integral da intervenção feita por José Luis Hopffer Almada por ocasião da realização pela Associação Caboverdeana de Lisboa do jantar literário de homenagem a Germano Almeida, no dia 16 de junho de 2018, Prémio Camões 2018, na presença do galardoado e familiares, do Embaixador e da Embaixatriz de Cabo Verde em Portugal, do Presidente da Direcção da Associação Caboverdeana, dos membros dos órgãos sociais da mesma Associação e dos numerosos participantes da mesma sessão cultural.
Sob o lema, “Somos Cabo Verde – Somos um Só, em Prol da Igualdade”, a IV Edição do Somos Cabo Verde 2018 tem como temática Igualdade…. Mas Igualdade no seu todo!
Os primeiros textos de João de Deus Lopes da Silva que tive a oportunidade de ler foram os poemas da sua autoria constantes da colectânea antológica Jogos Florais 12 de Setembro de 1976, publicada em 1977 pelo recém-criado Instituto Cabo-Verdiano do Livro, então dirigido pelo eminente jurista e intelectual Dr. Manuel Duarte (autor do célebre ensaio “Cabo-Verdianidade e Africanidade”, bem como de um não menos conseguido panfleto anticolonial denominado “Cabo Verde e a Revolução Africana”, assinado por A. Punói e constante do seu livro póstumo de ensaios literários,...
Apregoa-se, com tamanho orgulho, que “a Cultura é o diamante de Cabo Verde”. Sendo assim, é também apetecível estilizar a nomenclatura de todos os actores e sectores que circundam esta área.
Peço paciência às pessoas que vão ler isto que aqui deixo, a propósito do desconchavo de Abraão Vicente (entrevista do ministro da cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, ao Mário Rufino, da revista portuguesa online, Comunidade, Cultura e Arte, no dia 10 de Outubro do corrente ano). Não fosse o receio de ver institucionalizado no meu país a barganha de um trânsfuga-sacripanta, nada me moveria a perder pitada de tempo com baboseiras do tipo.