Regionalização administrativa, com ampla Reforma do Estado, reduzindo a estrutura do Governo e da Administração Central, e com redução da estrutura da Assembleia Nacional.
"Premissas no indicativo não permitem conclusões no imperativo" (Henri Poincaré)
Alguém anda a brincar de Governo! A posição do primeiro-ministro e presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, sobre a proposta da líder do maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, em relação ao processo de regionalização do país, só pode ser a de alguém que anda a brincar de Governo.
1. A Constituição da República de Cabo Verde é clara no seu Artigo 157º onde se estabelece que o Referendo é uma forma de ouvir o povo em questões de particular relevância para o país. Mudar a estrutura do Estado é uma questão relevante! Está também previsto que tanto os deputados, como os grupos parlamentares podem ter a iniciativa de apresentação de propostas para a realização de referendos. Os cidadãos também podem fazê-lo, só que, neste momento, a lei que regula a forma como os cidadãos podem apresentar a proposta de refendo ainda não foi elaborada, nem aprovada...
O Governo descarta o referendo sobre a regionalização. A proposta de lei, a ser aprovada ainda esta semana em Conselho de Ministros, segue de imediato ao Parlamento para ser votada o mais tardar até Junho.
Diria que foi unânime o posicionamento favorável, na «generalidade», de todos os que intervieram no encontro realizado pelo Governo, no Palácio na Praia, com deputados, presidentes de câmara, dirigentes, técnicos, representantes religiosos e da sociedade civil, relativo a alguns elementos que enformam o esquema de regionalização que vem sendo apresentado pelo atual Governo.
Os custos da regionalização estão estimados em 400 mil contos anuais. O parlamento está legitimado por lei para decidir, dispensando o referendo. Em Março a lei deve subir ao Parlamento. Serão 10 regiões, sendo duas em Santiago.