Certo dia, um amigo meu que é estrangeiro disse-me que Cabo Verde faz-lhe lembrar o Brasil nos anos sessenta, onde os miúdos jogavam a bola de meia nas ruas de São Paulo. Tentei explicar-lhe que Cabo Verde deu um grande pulo em termos de desenvolvimento social, desde que foi libertado dos colonos em condição inviável. E que com muito trabalho, suor e sacrifício, conseguimos transformá-lo num pais viável. Senti-me ofendido, quando constatei que lhe custava entender o meu orgulho em justificar a viabilidade de Cabo Verde.
Contratos-programa vão ser assinados esta terça-feira com todos os municípios do interior de Santiago. Perto de 100 mil contos vão ser investidos nesta fase, num bolo que ascende os 653 mil contos, conforme orçamento do Estado de 2017.
Exibir dentes afiados não serviram para nada ao tubarão ante um adversário pastilha elástica – encolhia-se e estendia-se no relvado astutamente. E foi Cabo Verde a levar uma mordida de três pontos.
Nas ruas das cidades, nas estradas e campos, nas praias e encostas do meu país uma situação salta-nos à vista – crianças que estão exercendo algum tipo de atividade remunerada.