Meu discurso no dia dos heróis nacionais, na qualidade de porta-voz dos combatentes da liberdade da pátria.
Assim fala Josefina Chantre. Nome de “guerra”, Zezinha Chantre. Heroína Nacional. Combatente da Liberdade da Pátria. Presidente da RAMAO-CV. Activista Social. Militante de Causas. Guerreira por Cabo Verde. Neste exclusivo ao Santiago Magazine, a propósito do 20 de Janeiro, ela observa, num misto de acusação e desabafo, que “lá fora, estuda-se mais Cabral do que cá dentro”.
Comemora-se hoje o dia dos Heróis Nacionais. Ontem, durante uma atividade com crianças, perguntavam-nas sobre quem eram os nossos heróis. Primeiro nome, claro, Amílcar Cabral, em muitas bocas o único pronunciado. Umas poucas apontaram Pedro Pires, Jaime Mota e ouvi até Eugénio Tavares, com a argumentação de que um herói é-o de diversas formas. Como disse alguém, há os que pegaram em armas e combaterem o inimigo, libertando-nos do colonialista e tornando Cabo Verde numa Nação Independente; há os que não pegaram em armas, mas fizeram o combate de outras formas; e há...
Cabo Verde existe desde que o mundo existe. A história regista que Diogo Gomes terá chegado cá em 1456, e desde então se intitulou – ou alguém o terá feito por ele - descobridor destas ilhas.
O Presidente da República destacou hoje o percurso positivo que Cabo Verde tem feito ao longo das suas quatro décadas da independência, mas admitiu que o país ainda está longe de atingir as metas almejadas.
Este ano não haverá a cerimónia de deposição de coroa de flores no monumento Amilcar Cabral. Direcção geral do Protocolo do Estado diz que não vai ser possível porque está a decorrer no local umas obras da Câmara Municipal da Praia. Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, lamenta esta postura do Governo em relação ao Dia dos Heróis Nacionais.