Por entrelinhas, crê-se que este país é um caso de estudo. Um país que se reinventa todos os dias, ao gosto dos políticos e das suas invenciones mais escabrosas.
“Observe as aves dos céus: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai Celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mt. 6:26)
“Rapazis nhos toma ton, rapazis nhos toma ton, sinon ton ta toma nhos”. Extrato de uma música cantada pelo ícone do funaná, Chando Graciosa, homem portador de uma voz com um timbre incomum no panorama musical cabo-verdiano.
Tatiana Reis. Mulher, jovem, historiadora, professora universitária, activista do movimento negro e do movimento de mulheres negras no Maranhão (Brasil) e brasileira afro-descendente. É essa “auto-classificação” identitária que a instigou a conhecer a África, e essa oportunidade surgiu no âmbito da sua tese de doutoramento que a fez descobrir Cabo Verde. Assim, desde 2011, tem realizado pesquisa de campo, em Cabo Verde, com rabidantes, e em particular, explorando os circuitos e as trajectórias do comércio “transatlântico” das mulheres cabo-verdianas, que ela mesma...