Hoje fazemos o regresso ao passado duma outra forma: através de um texto publicado na revista «Pública», do jornal português «Público», por alturas do 30º aniversário da independência nacional, a nossa «hora grande», o nosso «dia maior», independentemente das feições que tomariam os novos poderes.
Marco Aurélio, célere filosofo e imperador romano, uma vez disse que “é a mudança que mantêm a existência do mundo, nos elementos e nas coisas que estes compõem”. É certo de que a mudança é algo que deve sempre ser encarado com otimismo em todos os sectores da vida pública e política.
A gestão pública jamais foi uma tarefa fácil, porém não podemos confundi-la com a gestão das nossas casas, em que, às vezes, para agradar os nossos filhos basta colocarmos um dinheirinho no bolso que dá para comprar doces e salgados na escola ou no domingo quando vão à missa, já é suficiente para o problema. Este tipo de gestão é medíocre e não gera transformações, porque depois de acabar os trocados e os filhos crescerem, pergunta-se: como será o futuro dessa criança cujo pai preocupou-se apenas em resolver os problemas de curto prazo ou saciar a sua vontade.
Cabo Verde por ser territorialmente um Estado pequeno e insular, está sujeito a influências externas. Pode ser que os outros Estados influenciam-no com ideologias a troco de financiamentos externos, impondo uma seria de condicionamentos políticos ao ponto de manipular tomadas de decisões quer a nível macro e quer nível micro. Sendo certo que, direta ou indiretamente tem que se alinhar com grandes diretrizes das políticas internacionais. Que influências?
A ilha de Santiago vem sendo prejudicada desde a época colonial no seu desenvolvimento em detrimento de outras ilhas. Em 1917, não foi escolhida para a instalação do primeiro liceu, apesar de ser a ilha maior e mais povoada da colónia, sede da administração. Passado anos, não teve a sorte com a escola dos padres salesianos. Nos anos 50 do passado século, foi a vez do caís acostável, surgiu outra ilha a ser beneficiada. A Escola Industrial e Comercial ficou longe da ilha de Santiago. Para a importação de bens e serviços, a Santiago coube 20% do montante atribuído à...
QUARTAS ANOTAÇÕES
Continuando em aqui em Sal Rei, Boa Vista, hoje, 19 de maio de 2020, dia 61 do exilio forçado que nos foi imposto por este Governo, de gente maquiavélica, um Governo desrespeitador dos direitos humanos, mas que tem o aval favorável da comunidade internacional radicada em Cabo Verde, para, nos relatórios da democracia e dos direitos humanos, ter um alto score e continuar a violar o direito dos cidadão e das minorias em Cabo Verde!