O ministro da Cultura apelidou hoje de “populismo crónico, desonestidade intelectual, política e ética” as afirmações de José Maria Neves de que a Agenda de Transformação, criada pelo seu governo, “continua a ser implementada mas, com outros nomes” pelo actual Executivo.
A (in)segurança falou mais alto em 2019, mas no fim acabou por ser a Morna a pôr todo o país a cantar e a dançar com a sua elevação a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Justiça, Sociedade, Cultura, Política e Economia são os sectores mais em destaque no país, no ano em que a seca voltou a massacrar o mundo rural. Ah, também elegemos a figura do ano.
Músicos, cantores conhecidos e outros anónimos, construtores de violão, pessoas comuns que vivem a morna diriamente deram a cara numa exposição fotográfica que acompanhou o dossier cabo-verdiano sobre o estilo musical hoje classificado Património da Humanidade. Ei-las.
Dezanove personalidades que prepararam o dossier de candidatura da Morna a Património Histórico Cultural Imaterial da Humanidade, na Unesco, vão ser condecoradas com medalhas de Mérito Cultural. O Governo acaba de publicar a lista dos galardoados no Boletim Oficial.
No ano em que o mundo consagrou a morna, Cabo Verde abriu as fronteiras aos turistas estrangeiros, privatizou a companhia aérea, entregando-a a investidores islandeses e deixou os transportes marítimos nas mãos da empresa liderada pela portuguesa Transinsular.
A Morna acaba de ser declarada Património Cultural Imaterial da Humanidade, informa o Governo. A decisão foi tomada, hoje, durante a 14ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, a decorrer em Bogotá, Colômbia, onde Cabo Verde esteve representado pelo Ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, disse que Cabo Verde está hoje orgulhoso de ser e de pertencer a essa grande nação, com a classificação da morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade.