O líder parlamentar do PAICV disse hoje que o MpD preparava-se “para dar um golpe na eleição dos órgãos externos à Assembleia Nacional”, e que o maior partido da oposição aplicou um “contra-golpe em legítima defesa preventiva”.
O debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sobre a situação da justiça e a eleição dos órgãos externos ao Parlamento, deverão marcar a segunda sessão plenária de Outubro que arranca na próxima quarta-feira, 26.
O deputado eleito por Santiago Sul obteve 39 votos a favor, dois contra, um branco e um nulo. A sua eleição para Secretário-geral do MpD aconteceu este sábado, 1 de Outubro, durante a reunião da Direcção Nacional do partido.
As cartas podem baralhar-se para o deputado Luís Carlos Silva, até aqui tido como candidato único ao cargo de Secretário Geral do MpD, cuja eleição deverá acontecer no decorrer da Direção Nacional do Partido, prevista para 1 de outubro, pois o também deputado, Celso Ribeiro, quer perfilar-se na disputa do cargo, que é uma espécie de administrador do partido.
O candidato a presidente do MpD, Orlando Dias, afirmou que a atual liderança do partido tem medo das eleições internas, porque conhece os elevadíssimos índices de rejeição por parte dos militantes e que, por isso, de forma “dissimulada e desleal”, criou uma manobra de diversão para eleição de um novo secretário-geral do Partido.
O debate sobre o Estado da Nação realiza-se na próxima sexta-feira, mas a sessão ordinária arranca, com o projecto-de-resolução relativo à suspensão do mandato do deputado Amadeu Oliveira e eleição de titulares de cargos exteriores à Assembleia Nacional.
O Governo e o PAICV (oposição) chegaram hoje a um consenso para a eleição dos órgãos externos ao parlamento, que exige a maioria qualificada de dois terços, em reunião de praticamente 90 minutos, num hotel da capital.