Às memórias do poeta José Lopes da Silva
Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde o seu coração mandar, até onde a sua vista alcança (Eclesiastes 11:9)
Como um cinéfilo inveterado, estive entre as centenas de pessoas que foram assistir à antestreia mundial do filme «Os Dois Irmãos», uma co-produção da Take 2000 de Portugal e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, baseado no célebre romance de Germano Almeida.
Porfírio está cansado com a vida que leva e com a falta de recompensa. Sentado no recurvo do poial de pedra dura, começa a palestrar, sem que ninguém o tenha desafiado a tal ofício. Assim, olhando para Firmino, o sobrinho que ali está, para uma curta visita, sai com este inesperado palavreado «a vida vai mudar do nosso lado. E, finalmente, por impulso de nós próprio. Ninguém está cá para apontar a expectativa na direção do vácuo e disparar. Nem tampouco à espera do atrelado que o levará à parte que o desagrada. E para empreender esta abrupta viragem, este fulano...
Tudo começou como se fosse um dia normal ou como qualquer outro oponente da noite para o jovem Edmilson Fernandes Tavares, o qual, sobre o seu peso da idade somava apenas mais 35 doze luas. Gozava de uma férrea saúde e tinha uma postura descontraída para com todos: colegas, mais velhos, mais novos, homens, mulheres e até pelas crianças. Fisicamente era tão possante como mais nenhum outro mancebo. Dotado de uma compleição mediana, mas todos se reconheciam que, mano a mano, nenhum outro pelejava com ele. Plácido e inconscientemente ditoso, parecia uma criatura emoldurada com um...