O Governo descarta o referendo sobre a regionalização. A proposta de lei, a ser aprovada ainda esta semana em Conselho de Ministros, segue de imediato ao Parlamento para ser votada o mais tardar até Junho.
Diria que foi unânime o posicionamento favorável, na «generalidade», de todos os que intervieram no encontro realizado pelo Governo, no Palácio na Praia, com deputados, presidentes de câmara, dirigentes, técnicos, representantes religiosos e da sociedade civil, relativo a alguns elementos que enformam o esquema de regionalização que vem sendo apresentado pelo atual Governo.
Os custos da regionalização estão estimados em 400 mil contos anuais. O parlamento está legitimado por lei para decidir, dispensando o referendo. Em Março a lei deve subir ao Parlamento. Serão 10 regiões, sendo duas em Santiago.
O governo de Cabo Verde quer conseguir dos parceiros internacionais perdões parciais da dívida pública, assumindo o compromisso de reinvestir esses valores em setores que promovam o desenvolvimento, declaou à agência Lusa o ministro das Finanças, Olavo Correia.
Assisti na televisão, com bastante atenção o debate sobre a regionalização decorrido na Presidência da República no âmbito da semana da República e gostei de algumas intervenções, nomeadamente a do Embaixador EURICO MONTEIRO e do PEREIRONA. Foram elencados um conjunto de situações, como justificativas para regionalização, uma delas foi de uma instituição da Brava que não pode comprar uma resma de papel localmente, porque tem de ir da Praia, ou uma outra instituição em Mindelo que também deve esperar um rolo de papel higiénico da Praia. Antes de propor uma...
José Jorge Costa Pina, especialista em questões da economia marítima com grau de mestrado em Gestão de Transporte Marítimo, analisa nesta entrevista ao Santiago Magazine a instalação do Ministério da Economia Marítima em São Vicente e o impacto do 'hub' do Mindelo em relação às restantes ilhas. "Seria mais compreensível que fosse a regionalização e, sobretudo, uma reforma do sistema de administração do país, a ditar essa configuração abrangendo todas as ilhas", defende.
O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva disse hoje que a manifestação de centenas de pessoas em São Vicente contra o centralismo não tem nada a ver com o seu Governo, que considera ser o que mais tem feito a descentralização do país.