O secretário-geral do Movimento para a Democracia (MPD) afirmou hoje que a mensagem de Natal do primeiro-ministro já demonstra uma inversão relativamente ao passado mais recente mas reconheceu que nem tudo está feito.
Foram dois dias de trabalho - 10 e 11 – num ambiente um tanto ou quanto crispado. O grupo de reflexão não se fez presente, ou porque as mágoas estão ainda á flor da pele, ou por mera estratégia de fugir ao debate e à responsabilização num dos encontros mais importantes do partido, entre os congressos, agora que os seus elementos estão sendo acusados de traição, por causa da viabilização da lei que cria regiões administrativas.
Os transportes marítmos inter-ilhas poderão conhecer dias melhores, se a vontade do ministro dos Transportes, José Gonçalves, se concretizar, ele que congratulou-se hoje, no Mindelo, com o facto de, pela primeira vez, os três navios da Cabo Verde Fast Ferry estarem em condições de operar em simultâneo, o que deve ocorrer no mês de Dezembro.
Os armadores nacionais filiados na Associação Cabo-verdiana dos Armadores da Marinha Mercante (ACAMM) “não vão participar” na quota de mercado de 25 por cento (%) da concessão do transporte inter-ilhas, anunciou hoje o presidente da organização. Com esta decisão dos armadores nacionais, os transportes marítmos inter-ilhas poderão ficar a 100% nas mãos de estrangeiros.
O parlamento estreia hoje um instrumento do seu novo Regimento com a convocação do primeiro-ministro para responder questões sobre transportes marítimos e aéreos, particularmente sobre o contrato com a Binter e a privatização da TACV.
Em nota que Santiago Magazine teve acesso, a Associação Cabo-verdiana dos Armadores da Marinha Mercante, afirmam-se contra a concessão da exploração dos transportes de marítimos inter-ilhas, em regime de monopólio por 20 anos, com probabilidades de renovação por igual período ou mais, por ser alegamente inconstitucional e lesivo à economia nacional.
São novos capítulos sobre os transportes aéreos inter-ilhas, com a Binter Cabo Verde a ameaçar paralizar o país com a suspensão das venda dos bilhetes a partir de 28 de Outubro, e o primeiro ministro, Ulisses Correia e Silva, a apelidar o caso de novela. A Agência de Aviação Civil (AAC) acaba de divulgar uma nota a informar que afinal a data da entre em vigor das tarifas máximas para os bilhetes aéreos domésticos vai manter-se inalterada, contraindo a informação anterior segundo a qual esta decisão só entraria em vigor em 2019.