...não deixa de ser curioso confirmar que as principais preocupações dos praienses se situam em áreas da responsabilidade efetiva do poder central. E isso, em tempo de eleições autárquicas, pode ter um peso muito significativo.
A liderança da Bancada Parlamentar do MpD demitiu-se em bloco, e Ulisses Correia e Silva, que supostamente ainda é líder do movimento e chefe do governo, não responde aos jornalistas e não presta contas aos cabo-verdianos sobre este assunto que está no centro de todas as atenções. Estará Ulisses Correia e Silva demissionário também?
O PAICV já deu entrada no Parlamento uma proposta de novo estatuto dos municípios onde propõe a parlamentarização do poder local e a limitação até três os mandados do presidente das câmaras municipais.
O deputado e conselheiro nacional do PAICV António Fernandes disse hoje que Cabo Verde “perdeu cerca de 32 mil postos de trabalho” de 2016 a 2022, devido à “política errada” do Governo sustentado pelo MpD.
É perfeitamente compreensível que os “guardiões” das entidades visadas embarquem-se em estratégias (por vezes maquiavélicas) de autodefesa no sentido de se distanciar, ou de se “limpar” de qualquer alegação ou da perceção depreciativa da corrupção a que poderão estar associados. Embora não se deva confundir a “perceção” com o “facto consumado”, o certo é que ela não se forma do nada, ou de um vazio. A “perceção”, negativa neste caso, enquanto sentimento do povo, é um indicador de que “alguma coisa não vai bem”. Por isso, quem governa não deve...
Há pouco tempo os jornais portugueses noticiaram fartamente e com assinalável alarido a agressão à chapada que a diretora da Escola Portuguesa, Susana Maximiano, tinha sofrido, tendo apresentado queixa junto das autoridades competentes. Fez ela muito bem, pois Cabo Verde é (ou deveria ser) um país de lei e justiça, e por isso repudiamos qualquer tipo de agressão ou coação física (ou psicológica, como tem estado a acontecer com os alunos cabo-verdianos da EP). No entanto, a senhora Susana Maximiano e a Escola Portuguesa vêm esbofeteando contínua e impunemente, com a conivência...
Volto a repetir o que sempre disse: “Cabo Verde precisa de produzir algo para suportar o seu desenvolvimento. A produção nacional é determinante para reinventarmos a economia de mercado.” Um bom campo onde se deveria aplicar o Financismo deste Governo seria no setor agrícola, levando crédito, engenho e ciência para equipar os pequenos agricultores e operar com as transformações agropecuárias e dinamizar uma economia de mercado que servisse ao turismo, criando rendimento, pelo retorno gerado, e minimizasse a escalada de inflação que trucida o consumo, sobretudo dos mais pobres.