O delegado do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), José Maria, revelou hoje “preocupação” com os casos de violência e abuso sexual contra crianças na região Santiago Norte.
Casos de abuso sexual e maus tratos contra crianças e adolescentes, que se configuram como “as piores formas” de violação dos direitos infantis, continuam a deixar “desconfortado e preocupado” o responsável do ICCA em Santiago Norte. "Lamentavelmente, continuamos a ter os mesmos registos de casos dos anos anteriores”, diz Lino Carvalho.
A denegação consciente e deliberada da Justiça, através do constante e indevido uso do Termo de Identidade e Residência (TIR) e, os critérios de “fora do flagrante delito” em quase todos os processos crime, adicionando a demora das decisões judiciais estão prejudicando a funcionalidade da justiça cabo-verdiana.
O Comité das Nações Unidas para os Direitos das Crianças afirmou estar "seriamente preocupado" com os abusos sexuais de menores em Cabo Verde, apontando outros problemas, como prostituição e pornografia infantil. Mas elogiou medidas do Governo nesta área. "O Comité saúda a adoção do Plano Nacional de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes", começa por dizer um dos pontos do documento que expõe as conclusões, no qual se afirma "seriamente preocupado" com "a dimensão" do crime de abuso sexual de menores, a prostituição e pornografia...
A ministra da Educação e Inclusão Social, afirmou esta terça-feira, 19 de março, que é necessário produzir um instrumento que pune os culpados de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, mas é preciso, também, trabalhar com a família.
Celina Pina Shemo, norte-americana de ascendência cabo-verdiana. Filha de mãe cabo-verdiana de terceira geração e pai de segunda geração, é psicóloga, tem uma experiência de trabalho de 27 anos sobre trauma de abusos sexuais, principalmente contra crianças. Está em Cabo Verde para partilhar sua trajetória de vida pessoal e profissional na área da saúde emocional, onde, neste exclusivo ao Santiago Magazine defendeu que “Cabo Verde precisa canalizar dinheiro para a formação de profissionais assistentes de psicologia para semanalmente trabalhar com as famílias e as vítimas...
Os crimes sexuais em Cabo Verde aumentaram quase 60% no ano judicial de 2017/2018, de 523 para 823 casos, mais de um terço dos quais é referente a abusos sexuais de crianças.