Neste dia 18 de Julho de 2025 faz quatro anos que a população de Cabo Verde foi confrontada com um caso insólito e estarrecedor: Pela primeira vez na historia destas ilhas um Deputado da Nação, sem flagrante delito e sem culpa formada, foi preso preventivamente e posteriormente julgado e condenado a sete anos de prisão por aquilo que os seus algozes haviam de tipificar como crime contra o Estado de Direito Democrático, o que constitui uma falácia, um embuste, um absurdo de todo o tamanho, pois esse tipo crime, apesar de estar previsto no nosso ordenamento jurídico, mesmo para...
Ary Varela, procurador da República na comarca da Praia. Está desde ontem, 17, suspenso das funções, conforme determinação de um processo disciplinar levantado pela Procuradoria-Geral da República contra o magistrado.
A escassez de mão-de-obra qualificada tem sido uma das principais causas do atraso de obras em Cabo Verde, segundo a Ordem dos Engenheiros, que também alertou para o exercício ilegal da profissão.
O escritor cabo-verdiano José Luiz Tavares anunciou hoje que vai interpor uma acção judicial para suspender o manual do 10.º ano de Língua Cabo-verdiana por ser “um crime contra a língua cabo-verdiana, atentado grave e uma aberração linguística”.
A nova representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Ann Lindstrand, considerou esta quinta-feira,10, uma prioridade combater novos casos que ameaçam a certificação do arquipélago como país livre de malária.
Esta semana, arrisco-me a escrever a crónica noutro registo, o da poesia. Mas não se enganem com o tom, esta é uma fábula para adultos. Num Cabo Verde cada vez mais parecido com um curral moderno, onde os lobos vestem gravata, os carneiros batem palmas, os mochos citam leis que não se aplicam a todos, e as serpentes assinam decretos de olhos fechados, resta-nos a metáfora como último reduto da liberdade. Porque há verdades que só a poesia consegue dizer sem censura. E há silêncios que só rimam com revolta.
Ulisses não é apenas um estrategista; é um alquimista do poder. Nutre ódios viscerais como quem cultiva rosas negras: com cuidado, no escuro, longe do olhar alheio. Não grita, não pune em público, mas silencia com eficácia, com nomeações tardias, com ausências cirúrgicas, com o esquecimento político que destrói sem deixar digitais. Diz-se que todos no partido o temem. E é verdade. Pois ninguém ousa desafiá-lo — nem pela força das ideias nem pela vontade popular. Como um soberano moderno, não precisa levantar a voz: sua presença basta para reordenar as fileiras. Ele...