A presidente da Associação Colmeia enalteceu hoje a importância do encontro com governantes sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais, mas alertou para a falta de especialistas e o risco de encerramento da associação sem financiamento.
A dificuldade na consensualização para a padronização da escrita é perfeitamente entendível e advém do processo histórico caboverdeano de que pouco ou nada falamos. Julgamo-nos uns aos outros, fulanizamos críticas que se desviam invariavelmente do foco principal, partidarizamos a política e perdemo-nos em desaguisados indigestos. As configurações seculares que nos enformam, desde o povoamento, trazem com elas estigmas de desunião quer entre as ilhas do arquipélago, quer na relação com o nosso continente, que teimamos em manter sem nos apercebermos quão colonizado deixámos...
A educação em Cabo Verde precisa de uma reforma profunda, mas bem pensada, longe de interesses políticos imediatos e centrada nas reais necessidades do país. Devemos construir uma escola que seja reflexo da nossa identidade, que valorize os seus profissionais, e que envolva toda a sociedade num verdadeiro pacto educativo nacional.
A presidente da Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais (Colmeia) em Cabo Verde pediu hoje uma iniciativa legislativa para aplicar propostas entregues no parlamento, há um ano, para apoiar pessoas com deficiência.
A comunidade local ou a região, onde se insere uma Universidade, deve ser vista como um laboratório para projetos de investigação, mas também como meio que proporciona possibilidade de experiências de trabalho para os estudantes; e um potencial fonte de recursos financeiros para aumentar a competitividade global da Universidade (OCDE, 2007, cit. por Ransom, 2024). Para autores como Ransom (2024), esta representação da região, como uma fonte de oportunidades para a Universidade, ao invés de um parceiro igualitário, foi talvez mais subtil na prática, embora a diversificação...
O festival de dança Kontornu arranca no sábado, na Praia, com participação de artistas de Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Brasil, apostando na formação artística, descentralização cultural e promoção do intercâmbio lusófono, anunciou hoje a organização.
Acredito que o futuro da língua cabo-verdiana na escola depende menos de confrontos e mais de investigação partilhada, sensibilidade cultural e maturidade institucional. Por isso, reafirmo: a proposta de escrita pandialetal deve ser retirada do manual, pois constitui uma tentativa de padronização. Já existe um instrumento oficial — o Alfabeto Cabo-verdiano, flexível e representativo. Que o aperfeiçoemos juntos — sem atalhos, sem imposições, sem máscaras — se, de fato, a proposta das autoras visava ser apenas uma nova forma de escrita. Não sei como, mas a experimentação —...