Hoje apetece-me falar sobre o futuro das ligações marítimas inter-ilhas.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que o Governo conseguiu uma “boa solução” para os transportes marítimos inter-ilhas que irá permitir regularidade, previsibilidade, qualidade e segurança, bem como a unificação do mercado nacional.
Um governo que pensa subsidiar uma empresa estrangeira, no caso o grupo português Transinsular, com um valor de 3 milhões de euros, para explorar o mar das ilhas em regime de monopólio. Ou seja, sozinha! E nem permite que se questione!
Os armadores nacionais filiados na Associação Cabo-verdiana dos Armadores da Marinha Mercante (ACAMM) “não vão participar” na quota de mercado de 25 por cento (%) da concessão do transporte inter-ilhas, anunciou hoje o presidente da organização. Com esta decisão dos armadores nacionais, os transportes marítmos inter-ilhas poderão ficar a 100% nas mãos de estrangeiros.
O parlamento estreia hoje um instrumento do seu novo Regimento com a convocação do primeiro-ministro para responder questões sobre transportes marítimos e aéreos, particularmente sobre o contrato com a Binter e a privatização da TACV.
O grupo português Transinsular venceu o concurso público internacional para a gestão e exploração do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre as ilhas de Cabo Verde, anunciou hoje o Governo.
Hoje, 8 de Junho, o Governo deveria anunciar o vencedor do concurso para a Concessão do Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Carga Inter-ilhas, mas foi adiado para finais de Agosto. E já se sabe que a CV Fast Ferry foi excluida da fase final, o que poderá significar o seu encerramento - como já antecipara o ministro da tutela em entrevista à RTP - por causa do monopólio e das elevadas dívidas da transportadora marítima cabo-verdiana.