"O Ministério da Educação vai de mal a pior, com uma ministra arrogante, que não respeita os compromissos assumidos com os sindicatos". Foi assim que o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), Nicolau Furtado, reagiu à remodelação do Governo.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) considerou hoje que a remodelação governamental vem dar razão às críticas da oposição e da sociedade civil, mas também revela a “falta de coragem” de agir em tempo útil.
Apanhou-me de surpresa. O senhor Primeiro Ministro anunciara no inicio do ano uma remodelação governamental. Passado tanto tempo, já não esperava uma remodelação assim de repente. É verdade que os tempos, aqui nas ilhas, são outros e as remodelações podem ser anunciadas com mais de sete meses de antecedência, já ninguém escandaliza. Vistas bem as coisas ninguém foi remodelado. Todos ficaram, uns com poderes reforçados, outros com poderes diminuídos, outros, ainda, enxovalhados publicamente. Houvesse um pingo de vergonha na cara, teríamos, de certeza, algumas...
O secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, disse esta quarta-feira, na Cidade da Praia, que os novos membros do governo vão reforçar o executivo e contribuir para materialização do seu programa.
O presidente da UCID, António Monteiro, disse ter ficado “surpreso” com o aumento do Governo de 12 para 20 membros considerando que a remodelação é “demasiado profunda e extensa” e contradiz os argumentos defendidos pelo MpD nas campanhas eleitorais.
José Jorge Costa Pina, presidente da Associação Pró-Praia, acha que a transferência do Ministério da Economia Marítima para São Vicente devia esperar a regionalização para se decidir onde deve se instalar cada instituição, de acordo com as características de cada região. Leia mais nesta entrevista.
Este reajuste governamental vai causar um impacto financeiro de 32 mil contos. Destaque para a criação da figura do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, o que acontece pela segunda vez na história do país (antes, nos finais de 90, Gualberto do Rosário assumira tais funções, acabando depois por se tornar primeiro-ministro com a polémica saída de Carlos Veiga).