Lamentavelmente, não houve mudança de governo em 2016, mas sim, mudança de governantes. Não foi para isto que o povo votou.
O programa orçamental do Governo é baseado em contabilidade criativa com foco na redução do défice orçamental em função da cativação, crescimento do PIB pelo lado do Consumo e Impostos, considerar Outras Responsabilidades Líquidas do Estado como Aquisição de Ativos etc.
O Vice-Primeiro Ministro afirmou esta manhã, no Parlamento, que o Orçamento de Estado propõe, em 2020, converter o direito ao uso de viaturas por parte de titulares de cargos de chefia num subsídio, "o que trará mais granhos orçamentais". A proposta avançada por Olavo Correia surgiu na sequência de acusações da oposição sobre a “má utilização” das viaturas do Estado, com realce para o caso do presidente da Câmara Municipal de São Miguel acusado em plenário de utilizar o polémico BMW X5 da autarquia para mandar os filhos à escola... na Praia.
Enquanto o País sofre os efeitos da seca extrema provocada pela falta da chuva, os governantes e magistrados continuam exibindo as suas arrogâncias políticas de ricos.
O Governo prevê endividar-se em 19.953 milhões de escudos (180,4 milhões de euros) para cobrir o financiamento do Orçamento do Estado de 2020, ano em que o serviço da dívida representará 7,7% de todas as despesas.
“Os empresários (nacionais e investidores externos) tem feito um esforço hercúleo, tem criado riquezas e empregos e tem dado um contributo inestimável para o crescimento e o desenvolvimento de Cabo Verde, num contexto nem sempre favorável e quase sempre adverso. Sendo assim, é nosso entendimento que a abordagem da problemática do desenvolvimento do Sector Privado em Cabo Verde, mormente, no que tange ao acesso ao financiamento, requer muita ponderação e equilíbrio”.