SEXTAS E PENÚLTIMAS ANOTAÇÕES ELABORADAS, SISTEMATIZADAS E COMENTADAS EM MODO VAGAMENTE ENSAÍSTICO PARA A VEEMENTE E DESCOMPLEXADA LOUVAÇÃO DO COSMOPOLITA BILINGUISMO DO POVO CABOVERDIANO
Fiquei algo escandalizado com a entrevista do PCA do HAN, Dr. Júlio Andrade, às declarações do Sr.Bastonário da Ordem dos Médicos, meu estimado primo e amigo Dr.Danielson Veiga, também Médico Cirurgião do Hospital Agostinho Neto.
Sinceramente falando, nunca pensava chegar a ter que fazer isto. Mas infelizmente, há mais de três semanas que dei uma espécie de “ultimatum” às autoridades competentes sobre o caso deste paciente. Ora hoje faz um ano precisamente que a JUNTA MÉDICA DE SOTAVENTO deu o despacho de evacuação para o sr. ÂNGELO DE PINA. Claro que agora, a situação ficou muito mais confusa para ele, com todos os esforços que estão a ser concentrados, com toda a razão, a volta do Covid 19!
Tenho por hábito de começar as minhas dissertações salientando que não sou nem escritor, nem historiador e muito menos analista politico. Mas tenho um grande «defeito» ou «mérito», de ler tudo o que me passa pelas mãos. Ora, um dos livros escritos por Juvenal Cabral, pai de Amilcar Cabral, passou pelas minhas mãos.
"A verdade triunfará, apesar de todos aqueles que a desprezam e a rejeitam."
Baltazar Lopes da Silva, grande Homem de Letra, jurista, linguísta e nacionalista, muito fez pelo crioulo, foi uma das vítimas da PIDE, ao ponto de ter que deixar de ser Professor Universitário em Portugal e regressar a Cabo Verde. Mas da sua ilha natalícia, São Nicolau, só deixou a obra-prima "Chiquinho" como memória, além de ter na sua certidão de nascimento... nascido em São Nicolau.
O teatro cabo-verdiano é tão antigo quanto ao achamento do próprio arquipélago pelos navegadores portugueses, Diogo Gomes e António da Noli, entre 1460 e 1462, embora não tendo sido permitido, legalmente, o seu aviamento tradicional ou verdadeiramente autóctone, até 1975. Pois, tudo o que antes era permitido e que pudesse ser considerado tradição terra a terra, era à lupa joeirado pela administração, que receava insurreição por parte dos escravos, e pela Igreja que não considerava muito católica as tradições africanas, apodando-as mesmo de profanas e pagãs. Não se podia...