A instrumentalização dos meios de comunicação por parte das autoridades, com o intuito de moldar e manipular a narrativa pública em favor de agendas políticas específicas, representa uma grave ameaça à saúde de nossa democracia. Essa influência nefasta se estende mesmo aos órgãos de radiotelevisão pública, cuja composição tem sido cada vez mais moldada por interesses partidários em detrimento da imparcialidade e objetividade jornalísticas.
No dia em que a cidade da Praia celebra 166 anos (29 de Abril de 1858), Santiago Magazine publica uma grande entrevista com o historiador António Correia e Silva. Origem, crescimento, demografia, cultura e sociologia da maior urbe do país, erguida sobre pântanos, driblando crises sanitárias e sobrevivendo a revoltas até se impor como uma cidade rica e próspera. "Até chegar a capital, a Praia teve de fazer uma viagem histórica longa, cheia de avanços e recuos".
O Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI) vai pedir às autoridades que responsabilizem criminalmente os autores de um comentário fraudulento no Facebook que está a gerar um debate aceso no arquipélago por alegada censura.
Só por preguiça mental ou então desarrumação intracromossomial específíca leva a administração do NOSi a emitir um comunicado esdrúxulo para directamente desmentir a peça de Santiago Magazine intitulada “Governo mandou apagar comentário no Facebook da RTC sobre suspeitas de corrupção na CM do Porto Novo?”.
Num comentário na página de facebook da RTC sobre indícios de corrupção na Câmara do Porto Novo aparece a informação de que o mesmo "foi removido pelo NOSi, por determinação do Governo de Cabo Verde" e a imagem deste alegado acto de censura está a circular redes sociais com vários internautas a fazerem referência à Conferência do Sal sobre Liberdade e Democracia. O administrador da emissora estatal, Victor Varela, garante que foi o autor, Terra Longe, que escreveu o texto para dar ideia de que foi censurado.
Precisamos estar cada vez mais cientes, que um artigo de opinião é exatamente isso: uma opinião. Ele não é vinculativo e não pretende ser a única verdade. Em vez de respondermos a uma opinião contrária com ataques pessoais e comentários simplistas e contagiantes em sites como Facebook, poderia ser mais enriquecedor estudar mais uma vez o assunto, e só então refutar com argumentos sólidos e construtivos. Continuo a acreditar que somente através do respeito mútuo e do debate construtivo poderemos construir um Cabo Verde mais justo, mais inclusivo e mais democrático. Precisamos...
Os deputados não precisam esperar por um convite para fazerem uma visita de trabalho nas diferentes comunidades na Diáspora e fazerem um levantamento das (muitas) necessidades existentes. Cabe somente a eles incluir-nos nas suas agendas. O Não fazer NADA passou a ser uma Arte. E os deputados os maiores artistas. Está na hora de exigirmos trabalho àqueles que nos representam e aprovam as leis que nos regulamentamos. NÓS TAMBÉM SOMOS CABO VERDE!