"Não são as constelações dominantes que fazem o brilho duma literatura mas as grandes estrelas solitárias"

Nesta entrevista José luiz Tavares* fala do seu labor poética e afirma, entre muitas observações, que “a arte é o único espelho que o humano tem para se mirar, para tentar entender o que a vida é, pois a vivência é opaca; enquanto o homem vive, ele está imerso na opacidade, daí que ele necessite da distância artística, como bem viu Aristóteles, e Nietzsche viu doutro modo: a arte como suprema mentira para nos libertar da ilusão e da tirania da verdade.”

A imortalidade em tempos de pandemia. Apontamentos avulsos de um confinado por mor da vigente situação de calamidade pública sanitária VI

SEXTAS E PENÚLTIMAS ANOTAÇÕES ELABORADAS, SISTEMATIZADAS E COMENTADAS EM MODO VAGAMENTE ENSAÍSTICO PARA A VEEMENTE E DESCOMPLEXADA LOUVAÇÃO DO COSMOPOLITA BILINGUISMO DO POVO CABOVERDIANO

Morreu Kaká Barbosa

Faleceu esta manhã, 1 de Maio, no Hospital Agostinho Neto, o escritor, compositor, músico e político Kaká Barbosa, de causas naturais. O consagrado artista, que faria hoje 73 anos de idade, estava nos últimos dias internado na Cirurgia do HAN após prolongada doença.

Ministro da Cultura. "Cabo Verde perde o seu grande trovador popular"

O ministro da Cultura já reagiu ao falecimento esta sexta-feira, 1 de Maio, do poeta, músico e político Kaká Barbosa. Para Abraão Vicente, "a nação cabo-verdiana perde hoje um dos grandes, um nome incontornável da escrita em crioulo, da prosa tradicional, da pesquisa na língua cabo-verdiana e na construção de um verdadeira narrativa nacional sobre raiz da caboverdianidade".

Para quê poesia em tempos de calamidade

Nada nos aparece, mormente a criação artística (logo, objecto não natural), a não ser sobre o fundo de algum mundo, sendo que mundo aqui deve ser entendido como uma vasta rede de elementos totalizados e retotalizados pela prática humana.