De há alguns dias a esta parte, o jornalismo cabo-verdiano, os seus profissionais e o sindicato da classe têm sido alvo de ataques desmedidos, injustificáveis e gratuitos por parte do poder político. Primeiro, foi o comunicado do Governo e outras reacções consequentes ao tratamento jornalístico dado, pela imprensa nacional, ao relatório do Departamento de Estado sobre os Direitos Humanos em Cabo Verde.
As Nações Unidas vão disponibilizar 18 milhões de euros a Cabo Verde este ano, no âmbito do novo programa quinquenal de apoio, que irá priorizar áreas como o desenvolvimento e crescimento sustentável, governação, política pública e justiça.
O Ministério Público mandou arquivar o processo sobre alegado favorecimento da Tecnicil nas medidas de agravamento de taxas aduaneiras sobre a importação de lacticíneos e produtos de fruta, e o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, principal visado, reagiu, dizendo estar tranquilo e sem qualquer problema de ética.
"Premissas no indicativo não permitem conclusões no imperativo" (Henri Poincaré)
Não existe conduta criminal. Pode ter havido conduta anti-ética e violadora dos princípios da transparência (já abordada por este diário digital), mas estas devem ser sancionadas em outra sede. São estas as principais conclusões do Ministério Público, sobre um processo que tem um rosto - o do vice-primeiro ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia.
Foi ontem, 15 de Março, por volta das 8h30mn, quando 5 agentes da Polícia Judiciária (PJ) aparecerem em casa do deputado, Moisés Borges, munidos de um mandato de busca emitido pelo 3º Juízo Crime do Tribunal da Comarca da Praia. Em causa, o processo judicial relacionado com o Fundo do Ambiente.