A injustiça é o apanágio das sociedades perversas e corruptas, em que os decisores têm a cara virada do avesso e suas vergonhas emplastram-se no sítio onde as ceroulas as ocultam numa alcova onde também dormitam os seus micromiolos. E nessa sociedade em que milhões engolem tostões, a estatística invalida a matemática, subtraindo-se ao subtraído e, adicionando-se aos supérfluos, o pobre morre, normalmente, anémico ou desnutrido, e o rico, enfartado com o coração sufocado em saturadas gorduras.
Uma das coisas que ultimamente tenho me consciencializado é que, realmente, é muito difícil explicar o racismo a um caucasiano. Não por não existir ou porque os brancos não querem perceber, mas porque o racismo (não falo da mera discriminação) vai além e aprofunda-se na própria visão que o branco comum tem sobre o mundo.
Três das 89 mulheres eleitas ontem nas legislativas em Portugal são negras. E mais do que isso: são ativistas. Há muito que fazem ouvir a sua voz reivindicando mais igualdade e defendendo os direitos das minorias e, agora, finalmente, vão poder falar na Assembleia da República. Quem são elas?
Mulher. Cabo-verdiana. Imigrante. Ativista social. Andredina Cardoso é uma profissional que abraçou a política. É eleita municipal no Município de Sesimbra e neste momento vai a eleições legislativas na lista do Partido Socialista. Neste exclusivo ao Santiago Magazine, ela afirma, entre muitas outras coisas, que "Andredina Cardoso é alguém que teve a bênção de nascer numa família, onde prevaleceu e prevalece sempre o conceito de que os nossos sonhos se podem tornar realidade, na medida da nossa capacidade de lutar por eles em harmonia com o contexto que nos acolhe, ancorados em...
João Miguel Tavares, conhecido jornalista e comentador português e que preside a comissão organizadora do 10 de Junho, denfende que o crioulo deve ser ensinado nas escolas de Cabo Verde e também em Portugal.
Reminiscências de negrismo e africanidade na poesia de Jorge Barbosa e Osvaldo Alcântara e em outros antecedentes e correlativos casos- Breve excurso comprovativo da efectiva existência e da real pertinência de uma poesia cabo-verdiana de AFROCRIOULITUDE (OU DE NEGRITUDE CRIOULA)