O Badiu (Santiaguense, entenda-se) sempre foi visto como guardador e poupador. Talvez por ter aprendido da pior forma, através da fome e opressão durante a época colonial foi visto como o exemplo de contenção na hora de tirar dinheiro. Todo e qualquer bom Badiu, era suposto ter os seus patacos debaixo de colchão, seu milho no granel e seu feijão na tulha para os tempos mais difíceis. E assim surgiu o dizer, guarda pon pa Maio, em alusão ao mês de maio, mês que se considera seco, longo e difícil, quando se quisesse referir, guardar nos tempos áureos para as intempéries.
O poeta nascido em Chão Bom, no Tarrafal - ilha de Santiago - faz as contas aos 50 anos de vida no novo livro, Rua Antes do Céu, já premiado pela Academia Cabo-Verdiana de Letras. Pelo seu interesse, publicamos na íntegra a entrevista de José Luiz Tavares ao Diário de Notícias, de Portugal.
Conto dedicado às crianças portadoras de paralisia cerebral e a todos os educadores, diplomados ou não, que acreditam no milagre da sala de aula.
Sexta, Sábado, Domingo, Segunda, Terça e Quarta-Feira, respetivamente. Nos primeiros dias ela vinha como quem carregava a culpa dos atrasos. Rondava pelas rochas de Palha Carga, Monte Brianda, pelos mares do Rincão, do Porto Ribeira da Barca e tão-pouco irrigava as sementeiras feitas há quase um mês.