O concelho de Santa Cruz, no interior da Ilha de Santiago, vai ser palco das comemorações do dia 20 de janeiro, dia dos Heróis Nacionais, anunciou esta segunda-feira, 6 de janeiro, o presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires.
A Morna acaba de ser declarada Património Cultural Imaterial da Humanidade, informa o Governo. A decisão foi tomada, hoje, durante a 14ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, a decorrer em Bogotá, Colômbia, onde Cabo Verde esteve representado pelo Ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
UM ESPECTRO PAIRA SOBRE AS LETRAS CABO-VERDIANAS
MEDITAÇÃO NO CORAÇÃO DE LAVA
Tinha lido algures que escrever é entregar-se ao mundo, é revelar-se às pessoas, à sociedade, é deixar uma pilha de pistas sobre o que se ama, o que se pensa e acredita, sobre a vida, a história do mundo, a arte, o amor o sofrimento, a cultura entre tantas outras dimensões.
“Chuva é a nossa riqueza”; “Chuva é o nosso governo” (…). Chuva é, indubitavelmente, a palavra de maior “ímpeto” no imaginário dos cabo-verdianos, principalmente dos homens e mulheres do mundo rural. Uma terra pobre, sem nenhum outro “ramo de pega” para além do mar e as suas gentes, o povo vive da esperança, renovada, anualmente, na “Chuva amiga” que cai quando cai… e nos enche sempre de esperança e alegria. Inspira sempre o seu povo: da literatura a música, da gastronomia a arte plástica, do teatro a poesia, da política a religião… todos buscam...
O poeta e dramaturgo Armindo Tavares, que escreve todos os sábados no Santiago Magazine, lança esta sexta-feira, 11, na Praia, o livro de poesia bilingue, em português e crioulo cabo-verdiano”, intitulado “Adoçar a boca/Ndoxa boka”.