O Estado vai gastar cerca de 24 milhões de contos (218 milhões de euros) com os pagamentos à função pública em 2021, um aumento de 2,1% e um peso de 12,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas sem aumentos salariais ou novas contratações.
A maior central sindical de Cabo Verde (UNTC-CS) disse esta segunda-feira, 19, que a Administração Pública do país "está congelada" e pediu ao Governo para assumir o compromisso de aumento salarial de 1% anual e 5% em toda a legislatura.
O Estado cabo-verdiano vai endividar-se em mais quase 7% no mercado interno no próximo ano, renovando máximos, para o equivalente a 5.869 milhões de euros, conforme prevê a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021.
O ‘stock’ da dívida pública cabo-verdiana aumentou 1,5% de abril a junho, ultrapassando os 2.236 milhões de euros, equivalente a um novo máximo histórico de quase 135% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados oficiais.
Os donativos a Cabo Verde aumentaram 13% no primeiro semestre de 2020, para mais de 2.808 milhões de escudos (25,5 milhões de euros), essencialmente feitos em divisas, segundo um relatório do banco central.
O ‘stock’ da dívida pública renovou máximos em maio, pelo segundo mês consecutivo, chegando a 136,9% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para 2020, segundo cálculos da Lusa com base nas estatísticas do banco central.
As empresas cabo-verdianas já receberam mais de 300 empréstimos com aval do Estado, somando 2.567 milhões de escudos (23,1 milhões de euros), no âmbito das medidas para apoiar a tesouraria dos negócios afetados pela covid-19, anunciou o vice-primeiro-ministro.