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Violência urbana na Praia. Jovem esfaqueado morre no HAN após 8 dias em coma
Sociedade

Violência urbana na Praia. Jovem esfaqueado morre no HAN após 8 dias em coma

José Carlos tem 28 anos. Morreu esta quinta-feira, 7, no Hospital Agostinho Neto, onde deu entrada na madrugada de 1 de janeiro, com ferimentos de arma branca por todo corpo. Deixa 2 filhos menores, o último com 15 dias de vida. Mais uma vítima da violência urbana, numa cidade que agrega cerca de 170 mil almas.

Os supostos agressores de José Carlos podem ter sido Zé Txoku e Helder, ambos residentes em Castelão e conhecidos, segundo familiares, das autoridades policiais da Praia. Estes, a crer nesses familiares que aceitaram falar com Santiago Magazine, sob anonimato, terão cortado os tendões das duas pernas da vítima, com perfurações no peito, no olho esquerdo e debaixo do braço, para além pedradas na cabeça e na cara, num violento ato de crueldade.

O crime terá acontecido na noite de 31 de dezembro, precisamente no dia em que a vítima teria levado para a casa o seu segundo filho, cujo parto acontecera no Hospital Agostinho Neto (HAN). Tendo deixado a mãe e o recém-nascido em casa nessa manhã, à noite ele foi esfaqueado vindo a falecer uma semana depois no hospital central da Praia.

No momento da ocorrência, segundo as nossas fontes, José Carlos encontrava-se acompanhado de um outro colega. Este fugiu, tendo sido, conforme terá confidenciado a alguém, perseguido por um grupo de pelo menos quatro pessoas que também o queria agredir. Um dos familiares, e amigo de infância da vítima, disse ao Santiago Magazine que esse suposto acompanhante de José Carlos nesse fatídico dia 31 de dezembro de 2020, não tem sido visto desde aquela data, estando eventualmente em paradeiro incerto.

Os familiares afirmam-se indignados com as autoridades policiais, mas também com o Hospital Agostinho Neto.

É que segundo os mesmos, José Carlos, antes de entrar em coma, disse ao seu pai quem foram os seus agressores. O progenitor, por sua vez, apresentou uma queixa junto das autoridades policiais, mas até este momento, acusam, nada foi feito, uma vez que, pelas informações que dizem ter, os supostos agressores continuam livres. Este facto tem provocado muita indignação aos famailiares e amigos da vítima.

Quanto ao Hospital Agostinho Neto, os familiares entendem que o tratamento dispensado à vítima não foi adequado com o estado em que a mesma se encontrava quando deu entrada nos serviços de urgência. Com o corpo esquartejado, a cara e a cabeça desfeitas, José Carlos, segundo as nossas fontes, terá dado entrada no hospital pouco depois nas 3 horas da manhã e só foi conduzido para a sala das operações por volta das 14 horas.

Agastado com a situação e com a morte do jovem, os familiares pedem justiça e responsabilização de quanto terão provocado a morte do jovem José Carlos.

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