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Alunos de Chã da Silva já foram às aulas... em contentores
Sociedade

Alunos de Chã da Silva já foram às aulas... em contentores

Os mais de 60 alunos do 5º e 6º anos de escolaridade, da localidade de Chã da Silva (Santa Cruz), que não foram às aulas no arranque do ano lectivo por falta de salas, já frequentam a escola. As salas? Contentores improvisados.

Após a reclamação dos pais e encontros com os responsáveis do Ministério da Educação (ME), a solução para garantir o acesso ao Ensino em Chã da Silva, concelho de Santa Cruz, foi - como, de resto, Santiago Magazine tinha noticiado - a utilização de cinco contentores utilizados para escritórios, transformados agora em três “salas provisórias”, com actividades lectivas nos dois períodos.

Os contentores, já instalados, recebem uma turma do 1º ano, duas do 2º e 5º anos e uma do 6º ano de escolaridade. Os professores garantem que os contentores têm todas as condições para o ensino/aprendizagem, apesar de não ser o ideal.

Já os pais e encarregados de educação, que na altura tinham apontado como solução o uso dos contentores, divergem quanto à colocação dos seus educados nestes contentores adaptados.

De salientar que os alunos tiveram mais de três semanas em casa, após um relato do Laboratório da Engenharia Civil (LEC) confirmar que a escola de Chã da Silva, com quatro salas de aulas, não tinha condições de infra-estruturas para funcionar.

Em comunicado, o Ministério da Educação diz que neste momento a escola está a funcionar dentro da normalidade, com todo o corpo docente colocado e com todos os alunos instalados, incluindo as crianças do Pré-escolar.

O ME reconhece na mesma nota que, apesar de não serem as ideais, referindo aos contentores, criaram-se as condições necessárias para permitir que os alunos assistam às aulas, na sua zona de residência, sem perturbação do ano lectivo que se iniciou.

A transformação dos contentores adaptados em salas de aulas, acrescentou o ME, vai permitir que sejam realizadas obras na escola de Chã de Silva para reabilitar as falhas estruturais dos edifícios e devolver à comunidade instalações requalificadas e seguras para as suas crianças e jovens assistirem às aulas.

Com Inforpress

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Redação