Sequência do projecto Pátria Soletrada à Vista do Harmatão do poeta José Luiz Tavares. Continua ainda por Txonbon, lugar di biku do autor.
Tu que acreditas que por detrás de uma imagem, de um ícone e outros artefactos imagéticos, mais ou menos venerados, se escondem idolatrias e outras transcendências pecaminosas.
Nesta entrevista José luiz Tavares* fala do seu labor poética e afirma, entre muitas observações, que “a arte é o único espelho que o humano tem para se mirar, para tentar entender o que a vida é, pois a vivência é opaca; enquanto o homem vive, ele está imerso na opacidade, daí que ele necessite da distância artística, como bem viu Aristóteles, e Nietzsche viu doutro modo: a arte como suprema mentira para nos libertar da ilusão e da tirania da verdade.”
QUINTAS E ANTEPENÚLTIMAS ANOTAÇÕES SOBRE
Cabo Verde aderiu a um aplicativo internacional que permite rastrear, no telemóvel, casos e contactos de infetados pela covid-19, garantindo anonimato de todos os intervenientes e evitar o colapso do sistema de saúde, disse hoje fonte oficial.
Antes de mais uma declaração prévia: nunca me senti estrangeiro em Cabo Verde e nunca, alguma vez, me inibi de dizer com clareza aquilo que penso sobre o País e a política cabo-verdiana. Sei que isso vem criando alguns anticorpos e que, à falta de melhor argumento, me procuram empurrar para a bolha redutora dos que, por razões da mais acabada hipocrisia, parecem estar impedidos de opinar sobre o que se passa num país onde decidiram viver, constituir família e cumprir com as suas obrigações fiscais e de cidadãos.