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Remodelação governamental. Presidente do SINDEP diz que com Maritza Educação irá piorar
Sociedade

Remodelação governamental. Presidente do SINDEP diz que com Maritza Educação irá piorar

"O Ministério da Educação vai de mal a pior, com uma ministra arrogante, que não respeita os compromissos assumidos com os sindicatos". Foi assim que o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), Nicolau Furtado, reagiu à remodelação do Governo.

Para o sindicalista, a remodelação no Ministério da Educação era uma certeza, para que fosse possível a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem, por isso, considerou que o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, “perdeu uma grande oportunidade de dar uma prenda de Natal aos professores cabo-verdianos”.

“O Ministério da Educação vai de mal a pior, com uma ministra arrogante, que não respeita os compromissos assumidos com os sindicatos, e que não dialoga com os sindicatos, enquanto legítimos representantes da classe docente, o que revela claramente a sua incompetência à frente de um dos mais importantes ministérios do país”, disse.

Nicolau Furtado lembrou que desde 26 de Setembro de 2017 que o SINDEP solicitou um encontro com a ministra Maritiza Rosabal, para se discutir um conjunto de problemas que está a afectar a classe, mas que até esta data o seu sindicato não obteve nenhuma resposta.

Entretanto, entendeu que a decisão do reajuste da orgânica governamental é do primeiro-ministro e deve ser respeitado, apesar do SINDEP não concordar com a permanência do ministra da Educação no Governo. Porque a continuar assim, referiu, o SINDEP vai responsabilizar a governante por qualquer situação de instabilidade decorrente da acção da luta dos professores que venha a surgir como consequência deste injustificado silêncio.

“Com o secretário de Estado, Amadeu Cruz, o SINDEP espera uma mudança radical da forma de relacionamento com o sindicato, sob pena de haver lutas para frente que em nada abona o Governo”, antecipa Nicolau Furtado, um dia depois de Ulisses Correia e Silva ter anunciado que o novo Governo, o segundo desta legislatura, saído da remodelação governamental, será empossado a 5 de Janeiro de 2018.

O novo Executivo passa a contar com mais dois novos ministros e seis secretários de Estado adjunto que se juntam aos 11 ministros, além do primeiro-ministro, que tomaram posse a 20 de Abril de 2016.

O Ministério da Educação ganha um secretário de Estado, Amadeu Cruz, presidente do ISCEE e ex-presidente da Câmara Municipal do Porto Novo.

A nova estrutura cria a figura do vice-primeiro-ministro, a ser ocupado pelo actual ministro das Finanças, Olavo, passando a coordenar todo o sector financeiro e económico, assim como todas as reformas em curso. Para isso, vai ter três secretários de Estado: Gilberto Barros, Pedro Lopes e Edna Oliveira, da Câmara Municipal da Praia.

José Gonçalves, então super-ministro, perde pastas e vai ficar como ministro dos Transportes, Turismo e Economia Marítima, cuja sede (departamento da Economia Marítima) será em São Vicente, e será coadjuvado por Paulo Veiga, no cargo de secretário de Estado da Economia Marítima.

Outra novidade na mexida governamental é Fernando Elísio Freire, que responde pela presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Desporto, que ascende a ministro de Estado (assumindo também a pasta do Emprego), tendo como secretário de Estado Adjunto, Carlos Monteiro, actual director de gabinete do chefe do Governo.

Júlio Herbert, conselheiro do primeiro-ministro, foi chamado para assumir a pasta da Integração Regional, enquanto ministri Adjunto do primeiro-ministro. Alexandre Monteiro, antigo ministro de Carlos Veiga, assume a pasta de Indústria, Comércio e Energia.

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Redação