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Presumível assassínio da jovem Lavínia em prisão preventiva
Sociedade

Presumível assassínio da jovem Lavínia em prisão preventiva

Um homem de 23 anos ficou em prisão preventiva após ser detido por suspeitas de assassinar à facada da jovem Lavínia (foto), de 17 anos, em Santa Cruz, anunciou esta quinta-feira, 6, o Ministério Público.

Em comunicado, a Procuradoria Geral da República (PGR) adiantou que a jovem de 17 anos foi encontrada morta no interior de uma residência desabitada na localidade de Achada Bel Bel, em Santa Cruz, em 04 de agosto.

“O Ministério Público, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, recolheu indícios suscetíveis de integrarem a prática de um crime de homicídio agravado, em autoria material, previsto e punido pelos artigos 122.º e 123.º, alíneas a) e c), ambos do Código Penal”, prosseguiu a mesma fonte. 

Segundo a PGR, durante a investigação foi identificado o suspeito da prática do crime, um jovem de 23 anos de idade, que foi detido flagrante delito horas depois.

O suspeito foi apresentado ao Tribunal, que lhe aplicou a medida de coação mais gravosa, a pressão preventiva, até ao julgamento.

Na mesma nota, o Ministério Público referiu que em 16 de julho a jovem apresentou queixa-crime na Esquadra da Polícia Nacional de Santa Cruz, que deu entrada na Procuradoria da República da Comarca de Santa Cruz no dia seguinte, em que o suspeito vinha indiciado da prática de um crime de ameaça e de um crime de violação da intimidade de vida privada.

“Entretanto, no dia seguinte, 18 de julho de 2020, a vítima compareceu na Procuradoria da República da Comarca de Santa Cruz, acompanhada da sua representante legal e do então denunciado, altura em que solicitou a desistência da queixa, argumentando que tudo não passava de um mal-entendido e que o problema já tinha sido resolvido”, esclareceu a PGR.

O Ministério Público referiu ainda que a investigação se encontra em segredo de justiça, em mais um caso de violência baseada no género, caso que está a suscitar muitos comentários de indignação na sociedade cabo-verdiana.

Na sequência do assassínio da jovem, a presidente do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade do Género (ICIEG), Rosana Almada, apelou à tomada de consciência por parte da sociedade civil e da comunidade educativa sobre a violência baseada no género.

A presidente considerou ser urgente falar sobre violência no namoro para se evitar o feminicídio.

“Antes, estávamos a ter este problema em adultos, agora voltou-se para os adolescentes. Isto é terrível para a sociedade”, lamentou Rosana Almeida, numa publicação na página oficial do ICIEG.

Com Lusa

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Redação