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Manifestação 5 de Julho. Fogo e Sal fazem eco de São Vicente
Sociedade

Manifestação 5 de Julho. Fogo e Sal fazem eco de São Vicente

A manifestação popular em São Vicente, prevista para amanhã, 5 de Julho, já contagiou outros pontos do país. Em Chã das Caldeiras (Fogo) e no  Sal há gente disposta a sair às ruas.

Salvador Mascarenhas, mentor do movimento Sokols 2017 que conduz a manifestação na ilha do Monte Cara, confirma que também a ilha do Fogo já aderiu ao movimento “contra o centralismo”, com a população de Chã das Caldeiras a ser mobilizada para uma concentração em simultâneo com a do Mindelo a partir da localidade de Portela.

Chã das Caldeiras exige mais "dialogo, transparência e respeito" na resolução dos problemas e no cumprimento das promessas feitas antes e depois das eleições legislativas de 20 de Março do ano passado.

A população diz-se ignorada no processo de decisão dos novos assentamentos, isto depois de recusarem em Outubro passado a construção das mesmas  na localidade  Cabeça Fundão, e desconhecem as perspectivas claras de um futuro que esperam há quase três anos.

Na ilha do Sal ainda não se confirma se haverá adesão da população no dia 5 de Julho, mas já se verifica no seio de alguns populares o mesmo sentimento de revolta dos sanvicentinos no que toca a questão da centralidade do poder, razão central da manifestação cívica organizada pelo movimento Sokols 2017.

Em São Vicente, a concentração desta quarta-feira está prevista para as 10 horas da manhã, no largo da Praça Estrela e os organizadores esperam uma "grande  moldura humana", não só da cidade do Mindelo como das outras  localidades de São Vicente,  como Salamansa, São Pedro, Norte de Baia, Calhau, onde, por esses dia, têm vindo, à semelhança do que acontece no centro da cidade, a realizar campanhas de mobilização.

Salvador Mascarenhas avança na página do facebook, criada a propósito da mobilização cívica, que  o movimento tem recebido feedback positivo de cidadãos de todas as ilhas do  país que apoiam esta manifestação que diz ser da cidadania e em prol do respeito pela liberdade e a igualdade de oportunidade para todos os cabo-verdianos.

Mesmo assim ainda há quem, segundo o mentor da Sokols 2017,  associa essa mobilização popular com manifestações de vontade partidária. Uma  ideia que o grupo refuta e repudia.

"Nós somos um movimento cívico, independente e apartidário da sociedade cabo-verdiano  que defende um Cabo Verde equilibrado, descentralizado e harmonioso. Não vamos admitir qualquer tentativa de partidarizar a iniciativa e não toleraremos campanhas partidárias nos comentários na nossa página”, defende  o movimento Sokols 2017, que apela ao respeito pelos dignos cidadãos deste país a quem tem sido sonegados liberdade participativa.

O movimento defende ainda que os Governos, central ou local, não podem estar a refém dos partidos políticos que não tem na sua agenda os reais interesses dos cidadãos. “Vamos manifestar de forma pacífica contra a centralização discriminatória e por um Cabo Verde harmonioso com políticas justas e equilibradas onde todas as pessoas tenham voz”, conclui.

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SOBRE O AUTOR

Ester Daniel