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Maioria dos cabo-verdianos acha que Governo agiu mal no caso Alex Saab
Sociedade

Maioria dos cabo-verdianos acha que Governo agiu mal no caso Alex Saab

Uma pesquisa que vem sendo partilhada nas redes socias revela que a maioria dos cabo-verdianos desaprova a detenção e eventual extradição de Alex Saab para os EUA.


Cerca de 63,5 por cento dos cidadãos cabo-verdianos consideram que o Governo agiu mal ao ter mandado deter e ao aceitar o pedido de extradição, feito pelos Estados Unidos, de Alex Saab, alegado testa-de-ferro do presidente da Venezuela, preso desde o passado dia 12 de Junho na ilha do Sal, durante uma escala do seu avião rumo ao Irão.

Em contrapartida, apenas 21,1 por cento aprova a actuação das autoridades cabo-verdiianas, num universo de cerca de 1.200 indivíduos nos principais centros populacionais do país.

Da mesma forma, mas com um nível de rejeição ainda mais acentuado, 82,5 por centro dos cabo-verdianos representados na amostra consideram errada a decisão tomada, nomeadamente pelo Tribunal da Relação de Barlavento, de não colocar Alex Saab em prisão domiciliária por motivos humanitários e de saúde. Neste quesito, os inquiridos que aceitam como boa a manutenção do regime carcerário do empresário é de apenas 4,5 por cento.

Em termos de conhecimento do caso, pela população cabo-verdiana, a opinião pública afirma estar bem informada sobre o mesmo, sendo que 68,2 por cento do universo dos inquiridos (51,4 por cento feminino e 48,6 por cento masculino) garante ser detentor de informações pertinentes sobre o mesmo.

Outro dado que ressalta da pesquisa é que 44 por cento dos entrevistados considera que o Governo de Cabo Verde não devia ter-se envolvido no caso Alex Saab, enquanto as opiniões sobre a extradição encontram-se divididas, com 20,9 por cento a considerar que Cabo Verde faz bem em atender às pretensões dos Estados Unidos, contra 19,7 com posição contrária.

O inquérito, segundo informação partilhada no facebook, foi realizado entre os dias 8, 9, 10 e 11 de Janeiro e apresenta uma margem de erro de 2,5 por cento.

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Redação