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Orlando Dias. ‘A direção do MpD prioriza questões marginais de índole pessoal. Temos que voltar a ser um partido democrático’      
Política

Orlando Dias. ‘A direção do MpD prioriza questões marginais de índole pessoal. Temos que voltar a ser um partido democrático’    

O deputado Orlando Dias, que concorre à liderança do MpD, desferiu duras farpas à actual direcção presidida por Ulisses Correia e Silva, que diz estar a funcionar priorizando ‘questões marginais de índole pessoal’. Mais: ‘É preciso pôr fim ao abandono a que as bases do MpD estão sendo submetidas pela actual liderança do Partido, exceptuando nos períodos eleitorais’.

Hoje na sua página de candidatura na rede social Facebook, chamada Orlando Dias Resgatar o MpD, o eleito nacional pelo círculo da África mostrou-se muito agastado com a actual direcção do partido, que considera ter perdido a sua identidade sob a presidência de Ulisses Correia e Silva.

"O MpD tem que voltar a ser um Partido verdadeiramente democrático, em conformidade com a sua origem, essência e objetivos que se baseiam na democracia, liberdade, desenvolvimento, justiça social e defesa intransigente da dignidade da pessoa humana, principal beneficiária de todo o esforço de desenvolvimento", começou por escrever Orlando Dias para mais à frente apontar o dedo directamente a UCS.

"A actual liderança do MpD tem dado primazia a questões marginais de índole pessoal dentro do Partido, contribuindo para a redução do protagonismo e da dinâmica da organização, através de empobrecimento do diálogo interno e, consequentemente, com a sociedade.Os militantes, amigos e simpatizantes do MpD, devem lutar contra o exercício do poder baseado na tomada de decisões por alguns dos principais dirigentes, à porta fechada e nas costas da maioria dos membros do Partido" criticou.

Para Dias, "a liderança do Partido deve ser decidida em bases competitivas e transparentes, sem distinção, através do voto livremente expresso pelos militantes".

"É necessário que o MpD retome o compromisso político responsável, devendo prevalecer nas relações do Partido e dos seus militantes com a sociedade, o Estado e a imprensa. Não se deve permitir que o MpD seja um partido de classe nem de aparelho e, por isso mesmo, é urgente que seja resgatada a ligação estreita entre os órgãos nacionais, as estruturas intermédias e as bases, através de reuniões e visitas sistemáticas, periódicas e frequentes, dos membros da Comissão Política Nacional e da Direção Nacional, para assegurar aos mesmos uma correcta avaliação da situação e dos problemas que afetam o País", critica e propõe.

Orlando Dias sugere, por isso, que "as bases do MpD devem ser reorganizadas para poderem funcionar adequadamente e organizar debates regulares nas suas respectivas circunscrições. No MpD, a reintrodução da cultura de criatividade, inovação, reforma e de críticas com objetivos construtivos e educativos, é um imperativo".

E remata: "É preciso pôr fim ao abandono a que as bases do MpD estão sendo submetidas pela actual liderança do Partido, excetuando nos períodos eleitorais".

Orlando Dias está desde sábado, 14, em São Tomé e Príncipe em contactos com os militantes do MpD. Regressa a Cabo Verde no dia 18 para novas rondas de diálogo com os eleitores internos espalhados pelas ilhas.

 

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