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Pátria soletrada à vista do harmatão. [Praia-fogo: entre nuvens e sustos e a péssima poesia que empesta os altos ares]

Levantam a voz, mas é uma fanfarrada pífia, só para se fazerem notados, nunca se aproximando da verdadeira vociferação. Nem engenho nem audácia, uma poesia que não busca a vereda estreita da divergência e do atrito, mas a estrada larga do embandeiramento e da autoexplanação para os convenientes fins promocionais na arena social. Falta a essa poesia em particular, e à poesia cabo-verdiana em geral, esse tom de ressentimento sulfuroso capaz de pôr a milhas essa pandilha aldrabona propositora de escórias líricas, em que nem sequer os exauridos modelos de cordialidade poética...

Pátria Soletrada à Vista do Harmatão  

Galgando hoje esses poios, numa faina temperada pelo entusiasmo, voltaremos a habitar o esforço da prosperidade, atentando nas várzeas e encostas regadas, mas reconhecendo a visitação do quebranto, quando os nossos olhos cansados se voltam para essas ruínas plantadas no itinerário da vasculhação, que é a razão dos nossos pés enterrados na terra seca, para reparação do que houvermos destapado com as nossas mãos mansamente imbuídas de mortalidade.

Os nós da solidão ou a infinita guerra das estátuas

(POEMA DE ERASMO CABRAL DE ALMADA)

José Luiz Tavares entre os semi-finalistas do prémio Oceanos de Literatura

O livro "Instruções para Uso Posterior ao Naufrágio", da autoria de José Luiz Tavares, foi selecionado, entre cerca de 1900 obras, como um dos semi-finalistas do prémio Oceanos de literatura.

A imortalidade em tempos de pandemia. Apontamentos avulsos de um confinado por mor da vigente situação de calamidade pública sanitária

SÉTIMAS E PRÉ-DERRADEIRAS ANOTAÇÕES SOBRE A DIFERENCIADA POSTURA LINGUÍSTICA E IDIOMÁTICA DE UM CERTO, DETERMINADO E POTENTE TRIUNVIRATO POLÍTICO PÓS-COLONIAL E DA COGITADA HIPÓTESE DE O PRÉMIO CAMÕES 2018, O CABOVERDIANO GERMANO ALMEIDA, SE TORNAR FINALMENTE UM ESCRITOR BILINGUE, EM LÍNGUA PORTUGUESA E EM IDIOMA CABOVERDIANO, ENTREMEADAS DE ALGUNS DECISIVOS MONÓLOGOS INTERIORES E DE ESPORÁDICOS E TALVEZ (IN)CONVENIENTES, MAS MUITO CONVINCENTES EXCURSOS À ESQUECIDA, IGNORADA E MUITO MAL-CONTADA HISTÓRIA DAS NOSSAS ILHAS SAHELIANAS, OUTRORA ISOLADAS, ESQUECIDAS E ABANDONADAS NO...

Pátria minha — história subjectiva

Hoje fazemos o regresso ao passado duma outra forma: através de um texto publicado na revista «Pública», do jornal português «Público», por alturas do 30º aniversário da independência nacional, a nossa «hora grande», o nosso «dia maior», independentemente das feições que tomariam os novos poderes.