O Brasil ultrapassou hoje, pela primeira vez desde o início da pandemia, 4.000 mortes diárias (4.195) devido à covid-19, um novo recorde que elevou o total de óbitos para 336.947, segundo o Governo.
O recorde anterior havia sido notificado na última quarta-feira, quando o país chegou às 3.869 vítimas mortais num só dia.
Além da nova marca histórica na pandemia, o Brasil continua a ser o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afectado pela covid-19 em números absolutos, ou da Índia, uma tendência que foi observada ao longo de todo o mês de Março e que se tem mantido em Abril.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde, o Brasil registou ainda 86.979 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, num total de 13.100.580 diagnósticos desde a chegada da covid-19 a solo brasileiro, em Fevereiro do ano passado.
Com os dados difundidos hoje pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no país, que atravessa agora o seu momento mais crítico da pandemia com sucessivos recordes de casos e óbitos, ascendeu a 160 mortes e 6.234 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo, foco da pandemia no país, bateu hoje um novo recorde de mortes por covid-19 ao registar 1.389 óbitos em 24 horas, elevando o total de vidas perdidas para 78.554, naquele que é o Estado mais rico e populoso do país.
Além disso, foram ainda contabilizados 22.794 novos casos de infecção, totalizando 2.554.841 infectados.
O executivo estadual do Amazonas, região que viu dezenas de pacientes morrerem asfixiados por falta de oxigénio no início deste ano e onde foi detectada uma nova estirpe do vírus (P.1), prevê uma terceira vaga da pandemia de covid-19 no Estado em Maio.
Em declarações à CNN Brasil, o governador, Wilson Lima, afirmou que a unidade federativa já se está a preparar para fazer estoque de cilindros de oxigénio e tenta finalizar a tempo dessa possível terceira vaga uma fábrica de oxigénio hospitalar.
Ainda segundo o governador, todos as camas hospitalares ficarão abertas à espera do agravamento da pandemia, deixando assim de receber pacientes infectados transferidos de outras regiões.
Contudo, Lima rejeita decretar o encerramento do comércio até que haja um aumento significativo no número de mortos.
“Não consigo ficar muito tempo fechado, porque a população é muito pobre. É o vendedor de picolé [gelados], que trabalha para conseguir o jantar. Tenho que apresentar essa janela de flexibilização ou quebro alguns sectores”, explicou o governador do Amazonas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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