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Manifestação do Mindelo. JHA condena postura do Primeiro-ministro
Política

Manifestação do Mindelo. JHA condena postura do Primeiro-ministro

A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) considerou a manifestação da população de São Vicente como um “grande exercício de cidadania, pela positiva”, enquanto atribuía nota negativa a postura do primeiro-ministro, que tentou desvalorizar a movimentação do Mindelo, afirmando que estas reivindicações nada têm a ver com o seu Governo.

Janira Hopffer Almada fez essa apreciação após ser convidada pela imprensa a manifestar a sua opinião sobre a saída à rua, no dia 13 de Janeiro dos mindelenses, para dizer “basta” ao centralismo do poder na Cidade da Praia e exigir autonomia para a ilha de São Vicente.

“Todas as pressões do povo manifestando a sua insatisfação ou satisfação devem ser valorizadas e nunca apoucadas”, afirmou.

Na sua declaração, a líder do PAICV, realçou a postura “de todo condenável” do primeiro-ministro que, “ao invés de assumir o mandato que o povo lhe deu para governar o país, passa o tempo todo a desfazer das suas responsabilidades e a tirar agua do seu “capote” remetendo ao governo anterior.

Quem governa, sublinhou a presidente do PAICV, tem de ter capacidade e humidade de escutar e auscultar as reivindicações, as insatisfações de modo a recentrar e corrigir o que deve ser centrado e corrigido.

Neste caso, indicou, a nota positiva vai para a capacidade reivindicativa e demonstração de cidadania do povo de São Vicente, e a negativa por parte da postura do primeiro-ministro, que continua a fugir ao debate e diálogo e, sobretudo, a não assumir as responsabilidades a que foi eleito.

No dia 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia, a população de São Vicente saiu à rua para dizer “basta” ao centralismo do poder na Cidade da Praia e exigir autonomia para a ilha de São Vicente.

O activista e responsável pela manifestação, o líder do Sokols2017, Salvador Mascarenhas, admitiu “novas formas de luta”, designadamente “greve geral”, em caso de os decisores políticos não “ouvirem” a mensagem enviada.

Com Inforpress

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Redação