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O Enigma da rua da Capela
Ponto de Vista

O Enigma da rua da Capela

ASA, nosso bairro bem-amado por quem todas as coisas serão feitas.

Tchadenses”!

Vamos tentar abordar este assunto “espinhoso e complexo, simplificando-o pelo historial do nosso bairro. Dissemos assunto de uma complexidade, por que se trata do Largo Eusébio da Silva Ferreira, “O Pantera Negra” no nosso estimado bairro da Achada de Santo António (ASA), que queremos mudar de nome fazendo jus ao historial dele.

Por mais que sejamos grandes adeptos do Benfica, somos antes disso, moradores de um bairro que é peculiar pela maneira de estar da sua “gente “que desperta uma certa cobiça nos moradores dos outros bairros. Portanto amamos e temos muto carinho pelo rei Eusébio, mas pensamos que o lugar dele não é ali, e deve se procurar um outro sitio, que será digno de receber esta prestigiosa personalidade de Renome Mundial.

Para nós, nascidos e criados no bairro de Achada Santo António, antes da chegada da Televisão, seguíamos pela radio atenciosamente as aventuras do rei Eusébio, no pátio da Capela de Nossa Senhora do Socorro ou no Chafariz Municipal no lugar onde se encontra o atual mercado do bairro.

Por isso, não é por acaso que nessa época já se dizia “Rua da Capela”, e que no nosso artigo “Retrato da Praia-Cidade, publicado no jornal” A Nação em setembro de 2019, ao falar do bairro de Achada Santo António, escrevemos “Rua da Capela (atual largo Eusébio da Silva Ferreira). Também na altura das festividades dos “Santos Patronos” (ASA tem dois: Nossa Sra. Do Socorro, e Santo António donde veio o nome do bairro! Na ficha de apresentação do programa onde decorriam os eventos da semana eram assim citados: local- Rua da Capela. Já por estes factos, antes de dar o nome de Largo Eusébio da Silva Ferreira, o mínimo que as autoridades competentes podiam fazer, era consultar a população do bairro, para dar a sua opinião sobre o assunto e sobretudo se estava de acordo com esta decisão.

Aparentemente, esta consulta não foi realizada porque há outros nomes a citar, que são figuras – referencias do bairro e desta rua que podem merecer esta homenagem, e deixam o “Pantera Negra” sem nenhuma hipótese de competir… e diremos que esta lista não é exaustiva!

Assim vamos citar esses nomes por uma ordem arbitraria:

1. Senhor António Barbosa “Nhô Antoninho Mujota” que como toda gente do bairro sabe, foi ele quem mandou construir a nossa capela, para pagar uma promessa a Nossa Sra. Do Socorro.

2. Dona Maria Amelia Barbosa “Nhá Maria Amelia” esposa do Senhor António Barbosa mulher pia e caridosa que ajudava muitas pessoas carenciadas do nosso bairro.

3. Senhor Guilherme Baptista “Nhô Pingo Doro” homem que sempre morou nesta rua, e que simboliza mesmo a “Honestidade em Pessoa”.

4. Senhor Manuel da Silva, “Nhô Manuel Carcereiro” pessoa idónea, que depois de terminar a sua carreira como Guarda Prisional, da famosa “Cadeia Civil”, antes da independência, hoje local do Hotel Trópico, veio fixar residência nesta rua, ajudado por António Barbosa que era irmão da esposa dele. Teve a sua guarda, por memoria, prisioneiros Políticos célebres como por exemplo Doutor Agostinho Neto, o poeta Arménio Vieira, e o senhor Filinto Correia.

Portanto, apos ter consultado e informado as autoridades religiosas, os dirigentes da Casa do Benfica, e o Presidente da Camara Municipal (PCM) da Praia, e sobretudo a população do nosso Bairro, para fazer valer a Democracia, propomos:

1. Fazendo um referindo no bairro, mas com a participação da diáspora (Portugal- Estados Unidos da América- França- Holanda) perguntando, se é a favor ou contra a retirada do nome “Largo Eusébio da Silva Ferreira? Se o resultado for contra, o problema fica resolvido. Mas se for pela retirada, propomos a organização de um segundo escrutínio com a seguinte questão:

Qual destes nomes, gostaria que se chamasse a rua onde se encontra a Capela de Nossa Senhora do Socorro?

1. Rua da Capela

2. Rua Antoninho Mujota

3. Rua Nhô Pingo Doro

4. Rua Nhô Manuel Carcereiro

5. Rua Nhá Maria Amelia

Esperamos, e apelamos a uma grande adesão da população de Achada Santo António, e não só, mas na diáspora também, com uma participação maciça, e estamos quase certos que qualquer um desses nomes vai haver o consenso dos Tchadenses.

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Redação