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Insegurança e a influência Narco
Colunista

Insegurança e a influência Narco

Cabo Verde-Santiago está em apuros com a atuação precoce e desleal da corporação policial. Muitas vozes já consideram essa ilha como ilha Narco. Outros até vão mais longe, incriminando, publicamente, os governantes, seus condiscípulos e policiais, sugerindo que esses também estão envolvidos na proteção dos traficantes. Uma situação gravíssima para o resto do país que já começa a sentir esse efeito negativo. Chegou-se ao ponto em que ninguém se sente seguro na sua própria casa e as casas parecem prisões autênticas com grades por todos os lados e a maioria não aventura nas ruas após o pôr do Sol.

Triste situação para um país como o nosso que pretende aumentar a fasquia turística nacional.

Mas, voltando ao assunto referente à corporação policial, a maioria das populações já perderam a total confiança nessa corporação que devia estar a proteger o povo. Aliás, por várias vezes já sugeri que se extinguisse a corporação militar e aumentar o número de agentes da polícia Nacional, Judiciária e da Guarda Costeira com esses militares que só estão estrangulando os cofres do Estado.

Com base em informações em torno das actividades de alguns membros das polícias nacional e Judiciária, conclui-se que algo estranho está acontecendo. Basta ver os carros e vivendas de certos agentes para se indagar de onde vem tanto dinheiro.

Há também que analisar as mensagens entre o malogrado Hamilton e seu primo, dois dias antes da sua morte. Tudo indica que ele foi silenciado.

Ao analisar-se a actuação dos chefes da corporação, após o desaparecimento físico do Hamilton, verifica-se uma tentativa desesperada de se encobrir um acto de linchamento de um colega de profissão para o silenciar. Triste sina do cabo-verdiano residente na ilha.

Sobre a realidade devastadora da perda de confiança do povo perante a corporação da polícia nacional o que se há de fazer?

Se os chefes das corporações tentam encobrir crimes dentro das suas corporações, com será que o povo há de respeitar os mesmos. Cabo Verde precisa de uma revisão completa do sistema policial e se o Ministro não está ao nível da função de reformador deve pedir a sua demissão e dar lugar para alguém com gabarito profissional para fazer a limpeza e recruta de novos elementos.

Pois, caso o Ministro não se demitir agora, o Primeiro Ministro terá que o demitir.

O homem é tao incompetente e arrogante que tem a coragem de ir ao parlamento dizer que os crimes têm vindo a diminuir em Cabo Verde, quando quase todos os dias uma pessoa é morta ou violentada no país.

Com esta taxa de mortes diários ou semanais, num país tao pequeno como Cabo Verde, morte de dois policiais numa única semana é caso para perguntar se o Governo está realmente a trabalhar para proteger o bem-estar da nação e o povo eleitor.

Ora, no caso da morte do agente de autoridade Hamilton, se na verdade se tratou de um acidente porque razão o acusado não informou os seus superiores de imediato e prosseguiu com a invasão ilegal da casa de um inocente, com o apoio de outros colegas, para tentar culpar o inocente do crime? E para colmatar o erro profissional e crime de homicídio aparece o comandante a declarar que se tratou de um acidente, sem sequer aceitar que cometeram outros crimes como a violação da privacidade habitacional do cidadão numa tentativa desastrosa de incriminar um inocente.

Num país sério e realmente democrático o Ministro e o Comandante teriam que sofrer alguma pena. Demissão dos dois seria o resultado satisfatório para o povo, cada um num contexto diferente. Ambos faltaram a verdade perante o povo eleitor.

Ora, para terminar esta nota, convém salientar, uma vez mais, a medida de coação (prisão preventiva) aplicada ao homicida demonstra claramente que se tratou de um homicídio voluntário na forma consumada.

Com os dados recolhidos verifica-se que se trata de um crime premeditado e que conta com o aval positivo de alguns superiores do suspeito policial.

A Voz do Povo Sofredor

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Redação