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A arte de vencer
Colunista

A arte de vencer

A arte de vencer é fazer a nossa própria história e nunca viver a história do outro. Cada indivíduo tem a responsabilidade pessoal para construir a sua própria história. Cada etapa conta como um marco a ser registado, e serve como suporte para continuarmos a manter no signo certo.

Quem quer vencer como uma arte de vida, deve subjugar todas as trivialidades, se amparar sob o desígnio de princípios inegociáveis, e se manter na hierarquia de elevados valores. Deve se imiscuir de todo e qualquer atalho e abraçar os fundamentos que norteiam o sucesso.

Construir o sucesso não é uma tarefa fácil. O fracasso não precisa de construção, basta não fazermos nada. Já sabemos que para atingir o sucesso temos que investir sempre e nunca parar. A arte de vencer é nunca parar, nunca se distrair e nunca se iludir.

Na formação do nosso sucesso como uma arte de vencer, é importante lembrar que 20% da nossa personalidade é igual a talento, algo que nos é inerente, 80% é relacionamento. Isto que dizer que no processo da arte de vencer devemos escolher com quem andamos, decidir quem são os nossos amigos, definir quem são os companheiros de luta e de vitórias.

Uma das máximas que eu defendo: viver com dignidade custa. Existe um preço árduo, elevadíssimo para aquele que deseja vencer e nunca parar de crescer. Neste processo decisivo de vencer, é importante refletir um pouco sobre a sociedade actual e perceber que não temos muita condição externa que nos incentivam a vencer.

Vivemos numa sociedade caricata, onde o que se vê não é o que é. Nesta linha inversa de atitudes, percebemos que existe valores que não associam e nem fazem nexo com o altruísmo e superação. A Solidariedade positiva, a empatia a inter-ajuda são valores em decadência. Um quadro que indica o antagonismo ou frieza comportamental. Com isso, a capacidade de sermos melhores torna-se um desafio elevado, mesmo assim, surge a impetuosa necessidade de vencer ou ficar para trás, vencer ou fracassar, vencer ou morrer.

Vozes que incentivam a negatividade, que nos interpelam como profetas da desgraça, sinalizam um antagonismo silencioso. No meio de tudo isso, a ordem é avançar, prosseguir, ultrapassar limites e pagar um alto preço. Devemos buscar com todas as forças um caminho que não seja de atropelo, ganância ou desânimo. Um caminho de força e resiliência positiva. Desenvolver o equilíbrio, a determinação positiva, sermos líderes dos nossos problemas, são atitudes que marcam as etapas da arte de vencer. Sobreviver é natural, vencer é uma arte que cabe aos mais hábeis e sábios.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine