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Não acredita em milagres?! É melhor acreditar (4)
Boas Novas

Não acredita em milagres?! É melhor acreditar (4)

Quarto dia de relatos verídicos de pessoas que ainda podem “dar fé” de milagres reais feitos por Deus.

O ditado popular “depois da tempestade vem a bonança” carrega uma verdade cultural e prática. O descanso vivenciado após uma grande tormenta é prazeiroso, bom e motivador. Sempre, quando chega a bonança, há um novo arranque, com mais energia, mais ânimo, mais experiências e novos desafios.

O que muitas vezes nos esquecemos, é que podem surgir outras tempestades e, nem sempre, as nossas mentes produzem novas esperanças em novos milagres. E decretamos o fim da linha… a nós próprios.

Em 2011, fui detectado com um câncer na bexiga de nível três e, depois de seis meses de quimioterapia, chegou a cirurgia. Momentos antes, o cirugião apenas avisou que se me abrisse e o câncer estivesse fora da bexiga, ele teria de fechar e procurar outra opção, talvez paliativa.

A misericórdia divina desceu, a ciência fez a parte que lhe cabia e depois de oito horas e meia, o câncer tinha sido removido e ganhei uma bexiga feita com uma parte do meu intestino delgado. Perfeito!

Em 2013 surge um novo câncer, agora na mama esquerda, que me obrigou a mudar todos os meus planos. Os meus, porque Deus tinha os d´Ele.

Operado, por sinal por uma descendente de crioula e cristã, tudo limpo, mas com a recomendação, alimentada por mim também, de tirar a outra.

Em 2014, numa consulta de rotina, surge um câncer no pâncreas. Considerado um dos mais mortais, o cirurgião disse: “há que enfrentá-lo rapidamente e Deus fará o resto”. 
Em maio do mesmo ano, depois de sete horas e meia de cirurgia, grande parte do pâncreas foi retirada e a vida continuou. E muito bem porque até perdi muitos quilos!

Seis meses depois, numa nova visita de rotina, uma análise laboratorial detecta células cancerígenas na urina. O médico manda repetir. O médico manda fazer um CTScan (Tomografia Axial Computadorizada). Ele decide mandar-me para um exame mais profundo, no salão de cirurgia e com anestesia geral.

Antes, explica que o procedimento demoraria uma hora e 30 minutos e que, em dependência do que encontrasse, iria analisar o que fazer, no bloco ou posteriormente. Questionado pelos resultados do CTScan disse que “tinha mostrado umas coisas interessantes”.

E antes, o que aconteceu?

Frente a esta nova tempestade, depois de seis meses de bonança, voltei a recorrer ao meu trunfo maior e sobrenatural. Eu, a Valéria, a minha família e alguns intercessores próximos voltamos a confiar no mesmo Deus e a clamar por cura. Os pactos estavam de pé e os propósitos de Deus para a minha vida ainda não se tinham realizado.

Num sábado, dias antes do tal procedimento, acordo, como sempre cedo, mas com a imagem na minha mente de um letreiro, aparentemente feito de madeira, com a inscrição bem clara, em inglês “Miracle Done”, milagre feito, em português.

Valéria e as meninas dormiam ainda. Saí e me dirigí a um café perto da casa, em Washington DC. Pelo caminho, enquanto tomava o café e no regresso à casa, a imagem do letreiro não saía da minha mente. Quando a Valéria acordou, contei e entendemos que Deus já tinha respondido.

No dia 6 de outubro, menos de 30 minutos após o procedimento cirúrgico que devia demorar hora e meia, o urologista-cirurgião informa à Valéria que não encontrou nada, “está tudo limpo, podem regressar à casa, não há sinal de câncer”.

Eu, nos pós-operatório, ainda a despertar da anestesia, já acostumado com a rotina, olhei primeiro para o relógio e vi que a coisa tinha sido muito rápida. Miracle Done! O médico assistente e duas enfermeiras vieram felizes dar a notícia que eu já sabia.

A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a certeza das coisas que não se vêm. É um exercício permanente de subir escadas invisíveis. É um renovar de energia, confiança, esperança e novos desafios. Não é religião, nem assente num ritual repetitivo ou fruto de um manual teológico.

É também um exercício de destruir “amarras” que funcionam como jugo sobre o nosso futuro. Elas podem estar no passado ou no presente. Eu enfrentei e destruí as minhas.

Acredite se quiser, mas milagres acontecem ainda. Não deixe que a falta de fé, a religiosidade, o ateísmo, a tradição, as ondas, o saber, o afastem do seu milagre. Basta ter fé!

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Redação