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Poeminha sobre os assuntos
Cultura

Poeminha sobre os assuntos

Voltaram a levantar os instrumentos cortantes e o trapézio revoltoso parou, por estar com medo, em vez de festas, os protestos com imaginação, ninguém foi culpado, ganharam uma ponte. Exatamente orgulhosos. É tempo de fazer pontes, repetiu orgulho o menino sanpabadiu numas das visitas a Lisboa, ganhamos uma ponte.

I

Quando uma badia de fora leu o Marx numa viagem de Tarrafal para a cidade da Praia, passou a saber das coisas que o presidente nem sabia, ali, aprendeu mais sobre os pareceres oficiais do que aqueles que aparecem nas tv´s. Entendeu que o sistema financeiro português esteve sempre a jogar contra o show dos ventos que chegavam de Macau. Quando o badiu agarrou um livro, o jogo de amarelinha, compreendeu o segredo do jato que passava nas madrugadas levando os capitais que coroavam o ‘stress’ do sistema financeiro e as mais-valia.

II

No país inteiro, ao saberem do Marx concluíram. – Vão acabar com o projeto de Djeu. Ouviram, debateram, tudo em voz baixa, depois calamos até que o projeto foi encerado, ganhamos umas coisas estrangeiras, somos assim, os code´s da humanidade, quase pedintes, mas gostados. Uma badia e um sanpadjudo na cara do badiu fizeram nascer um berdiano lindo, narcisista, com uma flor cor de rosa na cabeleira em homenagem ao maior rasta mam de Macau, ele é desnutrido de des-modéstia, disse a última espécie do vagabundo que segurava as tochas negras a partir dos pedos secos, ele já tinha mencionado que era importante idolatrar a dúvida quando se é um povo novo. 

III

Voltaram a levantar os instrumentos cortantes e o trapézio revoltoso parou, por estar com medo, em vez de festas, os protestos com imaginação, ninguém foi culpado, ganharam uma ponte. Exatamente orgulhosos. É tempo de fazer pontes, repetiu orgulho o menino sanpabadiu numas das visitas a Lisboa, ganhamos uma ponte.

Depois pariu dois poetas menores e um arquiteto manhoso que desliga rodelas de uns penteados originário de Macau, olhares largos que atravessam a ponte de sengal no Tarrafal até Senegal, a partir do nosso céu da boca, ou como queiramos entender. Anos depois, o presidente reconheceu os negociadores do projeto com medalhas de honra pelo grande trabalho prestado à nação. Vencemos sempre. Com empréstimos.

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